Test. de Jeová – Profecia para o fim do mundo em 1925

 

“Este período de tempo principiando 1.575 anos antes da era cristã, naturalmente terminará no outono do ano de 1925. Desde que outras escrituras definitivamente estabelecem o fato, de que Abrahão, Isaac e Jacó ressuscitarão e outros fiéis antigos, e que estes seriam os primeiros favorecidos, podemos esperar em 1925 a volta desses homens fiéis de Israel, ressurgindo da morte e completamente restituído à perfeição humana, os quais serão visíveis e reais representantes da nova ordem das cousas da terra. Uma vez restabelecido o Reino do Messias, Jesus e sua igreja glorificada… estes ministrarão as bênçãos ao povo… Como previamente temos demonstrado, o grande ciclo de júbilo deve principiar em 1925. Nesta data a parte terrestre do Reino será reconhecida. Podemos seguramente esperar que 1925 marcará a volta às condições de perfeição humana, de Abrahão, Isaac, Jacó e os antigos profetas fiéis, especialmente esses mencionados pelo Apóstolo no capítulo onze de Hebreus. Baseado nos argumentos até aqui apresentados, isto é, que a ordem velha das coisas, o velho mundo está se findando e desaparecendo, e que a nova ordem ou organização está se iniciando, e que 1925 será a data marcada para ressurreição dos anciãos dignos e fiéis, e o princípio da reconstrução, chega-se á conclusão razoável de que milhões dos que vivem agora na terra, ainda estarão vivos no ano de 1925. Então, baseados nas promessas encontradas nas palavras divinas, chegamos à positiva e indiscutível conclusão de que, milhões que agora vivem jamais morrerão” (Milhões que Agora vivem Jamais Morrerão (mencionado no livro Proclamadores, página 78), lançado pela Sociedade em 1920, foi publicado no Brasil em 1923, fragmentos extraídos das páginas 110, 111, 112, 122). Mais um fiasco. Alguém viu Abraão, Isaque, Jacó e outros andando por aí?

“A data de 1925 é ainda mais distintamente indicada pelas Escrituras porque foi fixada pela lei que Deus deu a Israel” (A Sentinela, 01.09.1922, pg 262). “1925 está definitivamente estabelecido pelas Escrituras, marcando o fim dos jubileus típicos´(A Sentinela, 01.04.1923, pg. 106).

Onde na Bíblia está fixada essa data? Como pode uma meia dúzia de homens enganar tantos por tanto tempo e ainda conseguir milhões de seguidores em todo o mundo?  Uma coisa é certa: os mais novos seguidores dessa seita não conhecem a história das falsas profecias, ou, as conhecem, mas têm medo de serem considerados apóstatas e perderem o “amparo” da Sociedade. É possível que muitos fiquem em silêncio pelo temor de enfrentar a tortura das “audiências judicativas”, com seus métodos inquisitoriais,

“Devemos, portanto, aguardar para pouco depois de 1925 assistir o despertar de Abel, Enoque, Noé, Abraão, Isaque e Jacó, Melquisedeque, Jó, Moisés, Samuel, Davi, Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel, João Batista, e outros mencionados no capítulo de Hebreus” (The Way to Paradise (O Caminho Para o Paraíso), pg 224,  publicado pela Sociedade em 1924). Explicam Cid Miranda e William Gadelha  que esse livro, “apesar de pouco conhecido atualmente, é mencionado no Anuário de 1987, página 140).

O Corpo Governante dessa organização sabe conceituar os falsos profetas. Vejam o que ele escreveu no livro Raciocínio à Base das Escrituras, de 1985, pg. 158: “Falsos Profetas – Definição: Indivíduos e organizações que proclamam mensagens que atribuem a uma fonte sobre-humana, que, porém, não se originam do verdadeiro Deus e não estão em harmonia com a sua vontade revelada”. Qual a organização que profetiza mentiras em nome de Deus?

Tentativas de explicar o fracasso da profecia

“O povo de Deus teve de ajustar seu modo de pensar sobre 1925. Pensava-se que então o restante dos seguidores ungidos de Cristo iria para o céu, e que os fiéis homens da antiguidade, tais como Abraão, Davi e outros, seriam ressuscitados como príncipes para assumir o governo da terra como parte do reino de Deus. Veio e foi-se o ano de 1925. Os seguidores ungidos de Jesus ainda estavam na terra como classe. Os homens fiéis da antiguidade não foram ressuscitados. 1925 foi um ano triste para muitos irmãos. Alguns deles tropeçaram; suas esperanças foram despedaçadas. Ao invés de isso [ressurreição dos antigos] ser considerado uma probabilidade, leram que era uma certeza” (Anuário das Testemunhas de Jeová de 1976, pg. 146).  Observem a tática de eximir-se de qualquer responsabilidade pelo fiasco da profecia. As profecias de 1914 e 1925 foram apresentadas como certeza, e não como probabilidade. Agora dizem que seus seguidores leram mal.  Eles atropelam a Bíblia e se apresentam como ungidos do Senhor. Vejam o que disse Jesus: “Não vos pertence saber os tempos ou as épocas que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder” (At 1.7). Sem nenhuma cerimônia nem receio de enfrentar o Justo Juiz nos tempos do fim, eles declaram que as datas anunciadas foram estabelecidas por Deus.

“Os fatos inquestionáveis, portanto, mostram que o “tempo do fim” começou em 1799; que a segunda presença do Senhor começou em 1874…” (A Sentinela, de 01.03.1799, traduzido do inglês). “Os fatos mostram que se trata de um período limitado, com um princípio definido e um fim definido. Começou em 1914, quando Jesus Cristo foi entronizado como rei nos céus” (Livro A Verdade Que Conduz à Vida Eterna, 1968, pg. 94). Nota-se que a Sociedade se perdeu num labirinto de datas. Não sabe mais quem, quando, como, onde e por que. Estão perdidos nas masmorras que eles mesmos cavaram. Vejam mais:

“A profecia bíblica mostra que o Senhor devia aparecer pela segunda vez no ano de 1874. A profecia cumprida mostra além de dúvida que ele de fato apareceu em 1874. As profecias cumpridas podem também ser chamadas de fatos físicos; e estes fatos são incontestáveis. Todos os observadores sinceros estão familiarizados com estes fatos, conforme estabelecidos nas Escrituras e explicados na interpretação pelo servo especial do Senhor”  (A Sentinela, em inglês, de 01.11.1922). Profecia cumprida? Ninguém viu, ninguém sabe. E mais profecia sobre 1914:  “A evidência bíblica mostra que nos ano de 1914 E.C. o tempo de Deus chegou para Cristo voltar e começar a dominar. Visto que a volta de Cristo é invisível…” (Livro Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, 1983, pg. 147). Vejam que a Sociedade agora garante que a profecia foi cumprida, mas que a vinda de Jesus foi invisível. Se foi invisível, como souberam?  Antes, a Sociedade afirmava que “o ano de 1878 assinala o tempo para a verdadeira tomada do poder [de Cristo] como Rei dos reis pelo nosso presente, espiritual e invisível Senhor…” (Livro The Time is at Hand (O Tempo Está Próximo), 1889, pg. 129. Menos de um século depois essa data foi alterada para 1914: “Isto significa que Jesus Cristo começou a dominar qual rei do governo celestial de Deus em 1914” (Livro Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, 1983, pg. 141). Teimam em estabelecer uma data para o início do reinado do Senhor Jesus. “O deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus” (2 Co 4.4).

Todas as profecias até aqui registradas são extravagantes e inverídicas, mas a que você verá a seguir supera tudo em termos de heresia. O Corpo Governante declarou, recentemente, que “em 1918, o entronizado Rei Jesus Cristo encontrou um pequeno grupo de cristãos que haviam abandonado as igrejas da cristandade… Depois de refiná-los como que com fogo, Jesus, em 1919, conferiu aos seus escravos uma autoridade ampliada, e designou-os sobre todos os seus bens” (A Sentinela, 15.03.1990, pg. 15). Dizem, portanto, que os membros da Sociedade possuem o domínio, a posse e o controle de todos os bens de Cristo. Eles possuem desde 1919 um poder ampliado. É possível que haja pessoas na plena posse de suas faculdades mentais que acreditem nisso?

 

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