Rei Deposto

A Bíblia diz que é Deus quem põe e depõe as autoridades governamentais. É Ele, como Rei dos reis, que governa sobre todos e tudo. Se o povo insistir em não ouvir a voz do Senhor, terá um rei de segunda categoria, não eleito segundo o coração de Deus. Neste caso, o povo terá o rei que merece e sofrerá as conseqüências decorrentes da escolha. Muitos povos sofrem por dezenas de anos por alimentarem esperanças vãs em reinados que andam na contramão da vontade divina. Porém, Deus não fica de braços cruzados. Ainda que demore um tempo ou dois tempos, a coroa dos déspotas será tirada; o cajado real será entregue a outro.

Quando Pilatos se vangloriou ao dizer que tinha poder sobre a vida de Jesus, ouviu uma dura resposta: “Nenhum poder terias contra mim, se de cima não te fosse dado” (Jo 19.11). Uma contundente e ousada resposta para quem estava prestes a ser crucificado. Pilatos se recolheu ao limite de sua insignificância e, diz a Bíblia, desde então procurava um meio de soltar Jesus. Diz o apóstolo dos gentios:

“Toda a alma esteja sujeita às potestades [autoridades] superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus” (Rm 13.1).

O Estado é instituição divina. “Precisamos de leis para nos proteger do caos e da desordem como conseqüências naturais do pecado. Deus estabeleceu o Estado para ser um agente da justiça, para refrear o mal mediante o castigo do malfeitor e a proteção dos elementos bons da sociedade. Quando o governo deixar de exercer a sua devida função, ele já não é ordenado por Deus, nem está cumprindo com o seu propósito. Quando, por exemplo, o Estado exige algo contrário à Palavra de Deus, o cristão deve obedecer a Deus, mais do que aos homens” (Bíblia de Estudo Pentecostal).

Portanto, se os governantes não cumprem suas funções básicas de proteção dos indivíduos; de promoção da justiça, observados os padrões da Palavra de Deus; se agem contra as leis de Deus, o seu cajado é transferido para outro.

O melhor exemplo é o do rei Saul. O povo queria um rei, mais para ser idolatrado do que para governar. Ao povo rebelde Deus concedeu um rei, que, passados alguns anos, mostrou-se indigno do cargo.

“Então veio a palavra do Senhor a Samuel, dizendo: Arrependo-me de haver posto a Saul como rei; porquanto deixou de me seguir, e não cumpriu as minhas palavras” (1 Sm 15.10-11). O duro castigo de Saul começou a partir do momento em que ouviu do profeta Samuel a dura sentença:

“Não voltarei contigo; porquanto rejeitaste a palavra do Senhor, já te rejeitou o Senhor, para que não sejas rei sobre Israel. O Senhor tem rasgado de ti hoje o reino de Israel, e o tem dado ao teu próximo, melhor do que tu” (vv. 26-28).

O rei Saul continuou por algum tempo com a coroa, mas esta já pertencia a Davi, seu sucessor por escolha divina. Outro exemplo é o do rei Nabucodonosor que se vangloriou pela construção de seus palácios e pelos feitos do seu reinado: “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder, e para a glória da minha magnificência?”. A resposta de Deus foi imediata:

“Ainda estava a palavra na boca do rei, quando caiu uma voz do céu: A ti se diz, ó rei, Nabucodonosor: PASSOU DE TI O REINO. Serás tirado dentre os homens, e a tua morada será com os animais do campo; far-te-ão comer erva como os bois…” (Dn 4.28-33). Nabucodonosor perdeu a razão; ficou semelhante a um animal; suas unhas ficaram crescidas como as das aves, e cresceram pelos no seu corpo como as penas das águias. Ficou louco.
09.10.06
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