Um sonho de conversão

09 Junho 2008
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Um sonho de conversão
Norma Braga

Sonhei uma vez, há pouco mais de dez anos, que estava com minha família em uma autêntica “farofa” na praia, ou seja, um almoço em frente ao que me pareceu o mar plácido e convidativo de Araruama. Mesas postas, comida pronta, o único elemento destoante sob o sol era uma assustadora carcaça de ônibus levada de lá para cá pelas ondas, ameaçando invadir o local onde estávamos. O que de fato acabou acontecendo: tomado por uma onda mais forte, o ônibus ganhou impulso e esmagou um homem, que corremos para resgatar e levar ao hospital. Lembro-me de ter sido poupada por um triz do esmagamento, porque corri em direção a meu pai que estava em um lugar mais alto na areia. A cena seguinte e última do sonho era a do hospital, onde o homem era internado e nós íamos para casa.

Quando me converti, alguns meses depois, impressionei-me muito com o significado cristalino dos elementos do sonho: a carcaça de ônibus simbolizava os caminhos humanos errantes, que terminavam por nos esmagar, dos quais eu só havia escapado por ter corrido para Deus – “meu pai em um lugar mais alto”.

Impressionou-me mais ainda, porém, descobrir justamente na igreja em que me batizei um canto com semelhanças muito evidentes com o que, no meu sonho, havia sido o hospital. O conjunto não poderia ser mais auto-explicativo. Assim, embora não dê importância demais à grande maioria de meus sonhos, recebi esse em particular como um presente de Deus.

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