Testemunho de vítimas do “engano de Toronto” e de outras modernidades

Primeira:

Irmãos Amados,
13.08.2007
Por muito tempo participei dessa bênção [bênção de Toronto] na minha igreja local em Goiânia. Fui simplesmente destruído em muitas áreas da minha vida, principalmente no meu casamento. Lendo essa carta [o testemunho abaixo] me senti envergonhado. Quantas coisas aqui escritas eu fiz, preguei ou exortei. Pela graça de Deus hoje minha vida está restaurada pra honra e glória do nome de Jesus, porém, o que eu e minha esposa passamos foi muito doloroso, e tudo isso por termos dado ouvidos a espíritos enganadores e doutrinas de demônios, que se disfarçando em anjos de luz a muitos enganaram.

Quem quiser saber mais sobre esse tipo de assunto e como evitar esse tipo de doutrina indico ler o livro GUERRA CONTRA OS SANTOS, Jessy Penn Lewis.

Emerson

Segunda:

Paul Gowdy – Ex-pastor da Vineyard em Toronto

Tradução: João A. de Souza filho
Fonte: www.pastorjoao.com.br

Levei nove anos até criar coragem e escrever este relato. Demorei porque não tinha convicção de que seria correto falar sobre as fraquezas do corpo de Cristo publicamente. Em segundo, porque tinha que fazer uma jornada espiritual de busca em minha alma e me convencer de que, o que havia ocorrido na Igreja Aeroporto de Toronto foi ruim ou pelo menos pior do que bom.

Durante alguns anos falei da experiência de Toronto como uma bênção misturada. Penso que James A. Beverly o chamou assim em seu livro “Risada Santa” e a “Bênção de Toronto 1994”. Hoje diria que foi uma mistura de maldição, concluindo que qualquer coisa boa que alguém recebeu através desta experiência pessoal é enormemente ultrapassada pela gravidade do mal e do engano satânico. Aqui residia meu grande dilema.

……

Depois de três anos fazendo parte do núcleo da bênção de Toronto nossa Igreja Vineyard em Scarborough ao leste de Toronto, praticamente se auto-destruiu. Devoramo-nos uns aos outros com fofocas, falando mal pelas costas, com divisões, partidarismo, criticas ferrenhas uns dos outros, etc. Depois de três anos “inundados” orando por pessoas, sacudindo-nos, rolando no chão, rindo, rugindo, rosnando, latindo, ministrando na igreja Internacional do Aeroporto de Toronto, fazendo parte de sua equipe de oração, liderando o louvor e a adoração naquele local, praticamente vivendo ali, tornamo-nos os mais carnais, imaturos, e os crentes mais enganados que conheci. Lembro-me de haver dito ao meu amigo e pastor principal da igreja de Vineyard de Scaraborough em 1997 de que, desde que a bênção de Toronto chegou ficamos esfacelados. Ele concordou.

Minha experiência é de que as manifestações dos dons espirituais de 1 Coríntios 12 eram mais comuns em nossas reuniões antes de Janeiro de 1994 (quando começou a bênção de Toronto) do que durante o período da suposta visitação do Espírito Santo.

No período de 1992-1993 quando orávamos pelas pessoas experimentamos o que chamo de a verdadeira profecia, libertação e graça vindas de nosso Senhor. Depois que se iniciou a bênção de Toronto, os períodos de ministração mudaram, e as únicas orações que ouvíamos eram: “Mais, Senhor”; com gritos de “fogo!”, sacudidelas esquisitas do corpo, e expressões de “oh! uuu! iehh”.

Em 20 de janeiro de 1994 quinze pessoas de nossa igreja foram ouvir Randy Clark, pastor da Igreja Vineyard na Igreja do Aeroporto de Toronto. John Arnot (pastor da igreja do aeroporto) convidou-nos para ir até lá. Ele nos disse que Randy havia estado nas reuniões de Rodney Howard Browne e que a coisa estourou em sua igreja nas semanas seguintes. John esperava que algo acontecesse também entre nós. Ficamos felizes em nos dirigir até lá. Tínhamos uma igreja noutra localidade que havia começado em 1992. Era uma igreja do centro de Scaraborough, ligada ao grupo Vineyard, mas bem a leste da Igreja do Aeroporto. Éramos uma família grande e alegre. E porque éramos poucos tínhamos reuniões especiais, conferencias, etc.
…….

Quando começamos a suspeitar de que os demônios estavam à vontade em nossos cultos, John Arnot ensinava que devíamos nos perguntar se eles estavam chegando ou saindo. Se estiver saindo deles, está bem! John defendia o caos afirmando que não devíamos ter medo de sermos enganados, pois se havíamos pedido ao Espírito Santo para nos encher; como Satanás poderia nos enganar?

Isto deixaria o diabo muito forte e Deus muito fraco. Ele afirmava que precisávamos ter mais fé num grande Deus que nos protegia do que num grande diabo que nos enganaria.

Tais palavras eram convincentes, mas totalmente contrárias as escrituras, pois Jesus, Paulo, Pedro e João alertaram-nos sobre o poder dos espíritos enganadores, especialmente nos últimos dias. Mesmo assim, não devotamos amor a Deus para lhe obedecer a palavra e, como conseqüência, abrimo-nos a ação de espíritos mentirosos. Que Deus tenha misericórdia de nós!

Finalmente a ficha caiu quando eu rolava pelo chão, certa noite, “bêbado no Espírito”, como costumávamos dizer, e ali, cantando e rolando no chão, comecei a cantar uma canção de ninar: “Maria tinha um cordeiro e seu pelo era mais alvo que a neve”. Cantei esta música infantil de maneira debochada e imediatamente alguma coisa em meu coração sussurrou que aquilo era um demônio [1]. Imediatamente me arrependi e fiquei chocado com aquela experiência. Como um demônio entrou em mim? Eu amava a Deus? Não era zeloso pelas coisas de Deus? Não era totalmente louco por Jesus? Percebi que um espírito imundo acabara de se manifestar através de minha vida e era culpado de um grande pecado. Depois disto me afastei da Igreja do Aeroporto (TACF). Não tinha convicção de que deveria denunciar aquelas experiências, mas senti que tínhamos fracassado em pastorear a bênção.

Depois de um ano na “bênção” preguei num encontro de pastores e falei: “Amigos, temos nos sacudido, nos arrastado pelo chão, rolamos por terra, rimos, choramos e adquirimos as camisetas da igreja. Mas não temos avivamento, nem salvação, nem frutos, nem aumento de evangelização, por isso, qual é a graça?”. Fui repreendido – afinal, quem era eu para anelar frutos quando o Senhor estava curando seu atribulado povo? Durante anos éramos legalistas, e Deus agora estava restaurando as feridas libertando-nos do legalismo. Aconselharam-me a não forçar o Senhor que os resultados apareceriam no temo certo.
…..
O Senhor nos chama ao arrependimento, e graças ao Senhor pelo que ele é, pois nos conduzirá e nos restaurará ao Pai. Se Deus me perdoou e abriu os meus olhos então poderá agir a favor de todos os que estão no engano.

Termino com o alerta de Paulo que permaneçamos firmes para não tropeçarmos em coisa alguma.
Sinceramente,
Paul Gowdy

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Terceiro:

Louvo a Deus o Senhor porque Ele tem aberto os olhos de muitos, inclusive de mim que tive meu período de infantilidade espiritual, crendo nestas presepadas e engodos do diabo à época do famigerado G12 (que graças a Deus pulei fora antes de envolver-me com ele), uma cocaína espiritual que graças ao benigno Deus não prosperou por aqui. E a judaização que fazem com a Igreja de Cristo, colocando-se de novo debaixo da maldição da lei? Quanta confusão tem levado ao arraial evangélico, dá-lhe campanhas arrecadatórias com base no Velho Testamento, além dos títulos de origem hebraica largamente empregados na igreja: Gideões, Levitas, Shabat, Shofar, Shekinah e um não sei o quê de quinquilharias ungidas vendidas a preços quase de ouro nas nefastas campanhas, compradas por um povo ganancioso acometido de cegueira bíblica distante do arrependimento e da cruz de Cristo Jesus. Percebi que os pastores fraudulentos, bem ou mal intencionados, tem ojeriza ao Novo Testamento e sobretudo às cartas paulinas que justamente desmascaram estes lobos devoradores, só as liam quando era p/ reforçar a coleta constante de ofertas e dízimos, como o “posso todas as coisas nAquele que me fortalece” no sentido distorcido de possuir riquezas materiais e não o de suportar as vicissitudes da vida, o verdadeiro sentido bíblico que o amado Paulo guiado pelo Espírito Santo queria exortar.
Deixo aqui um sábio conselho: Quando a sua denominação começar a dar ênfase em riquezas materiais, prosperidade, bem-estar psicológico, antropocentrismo (o homem e não Deus passa a ser o centro de tudo), etc. e afastar-se dos temas centrais da Bíblia que é o arrependimento para salvação, a santificação e o arrebatamento da Igreja, então… SAIA DELA POVO MEU!
Antonio

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