RESPOSTA APOLOGÉTICA – Heresia Católica: Culto aos Mortos

“O Padre Júlio J. Brustoloni, missionário redentorista, no seu livro História de Nossa Senhora da Conceição Aparecida — A Imagem, o Santuário e as Romarias – p. 115, após achar que a imagem é motivo de contradição para muitos crentes (protestantes, evangélicos, especialmente Pentecostais), diz: O mais grave não é negar o culto à imagem de Nossa Senhora Aparecida, mas sim não aceitar o papel de Maria no plano de salvação estabelecido por Deus. Eles aceitam que o seu Filho nasceu de uma mulher, Maria, mas não reconhecem o culto devido àquela Mulher que esmagou com sua descendência a cabeça do demônio, e que, por vontade de Deus, foi colocada em nosso caminho de salvação para interceder por nós”.

Fonte: https://www.facebook.com/cbpmmelo/posts/558327154201278

Resposta apologética

Respondo dizendo inicialmente que a mais grave e destruidora heresia da Igreja Católica é o culto aos mortos, igualando-se, no particular, ao Espiritismo. O sacerdote acima só confirmou o que está no Catecismo da Igreja Católica, item 466: “O Concílio de Éfeso proclamou, em 431, que Maria se tornou de verdade Mãe de Deus pela concepção humana do Filho de Deus em seu seio”. E no item 495: “A Igreja confessa que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus”.

Como deixar de cultuar a Mãe do Criador? Como não se render à “verdade” proclamada pelo Concílio de Éfeso? Somente através do estudo e meditação da Bíblia Sagrada podemos aceitar ou rejeitar esse dogma mariano.

Primeiro, examinemos o que afirmou o Senhor Jesus: “Vai-te, Satanás porque está escrito: Ao Senhor teu Deus, adorarás, e só a ele servirás” (Mt 4.10). Na Bíblia de Jerusalém, aprovada pela Igreja de Roma, está assim: “… só a ele prestarás culto”. Servir, cultuar, adorar, prestar homenagem e venerar expressam significado semelhante.

SERVIR (grego latreuõ) significa: (1) “adorar”; (2) “servir”; é usado no último sentido acerca do serviço: (a) a Deus (Mt 4.10; Lc 1.74 [sem temor]; Lc 4.8; At 7.7; 24.14; 26.7; 27.3; Rm 1.9 [“em meu espírito”]; 2 Tm 1.3; Hb 9.14; 12.28; Ap 7.15); (b) a Deus e a Cristo (o “Cordeiro”, Ap 22.3); (c) no Tabernáculo (Hb 8.5; 13.10); (c) ao “exército do céu” (At 7.42); (d) à “criatura”, em vez do Criador (Rm 1.25, em referência à idolatria “(Fonte: Dicionário VINE).

CULTO – “Tributação voluntária de louvores e honra ao Criador. O objetivo primário do culto é a adoração a Deus”.

ADORAR (grego proskuneõ) – “Fazer mesura, fazer reverência a. É o termo mais frequente com o significado de “adorar”. É usado acerca de um ato de homenagem ou reverência a Deus, a Jesus, a um homem, a besta, a imagem da besta, a demônios”. (Fonte: Dicionário VINE).

O Senhor Jesus revelou ser pecado adorar, servir e cultuar qualquer entidade espiritual ou pessoa: ”Somente a Deus adorarás, e a ele servirás” (Mt 4.10). A Igreja Católica presta culto a inúmeros espíritos de pessoas falecidas. São inúmeros os mortos que, por decisão papal, foram elevados à categoria de santos, aos quais os romanistas podem dirigir suas preces e dispensar-lhes devoção e louvores.

No pronunciamento sob comentário, há o reconhecimento de que o “culto a Maria” é recomendado e praticado. E quem não o faz comete um “grave” erro. A santa Maria é o exemplo máximo de culto aos mortos. Diríamos que ela, por decisão papal, foi elevada a uma posição de destaque na Santíssima Trindade. Alguns de seus títulos: modelo de esperança; modelo de obediência; modelo de santidade; mãe de Deus; imaculada; mãe da Igreja; mãe dos vivos; nova Eva; sede de sabedoria; sempre Virgem; medianeira, advogada. O culto a Maria, como consta do Catecismo da Igreja Católica, está assentado nas seguintes práticas e devoções: culto de Maria no ano litúrgico; fé acerca de Maria fundada na fé acerca de Jesus; festividades litúrgicas de Maria; oração a Maria; respeito ao nome de Maria; a igreja atinge a perfeição em Maria [e não em Cristo?]; maternidade espiritual de Maria; assunção de Maria. Não há amparo bíblico para nenhuma dessas práticas e crenças. No meu livro “A Verdade Sobre Maria”, contesto todos os dogmas marianos.

Afirma o sacerdote católico que “Maria foi colocada em nosso caminho de salvação para interceder por nós”. O Padre Júlio bem que poderia ter mencionado o texto bíblico correspondente a cada um de seus argumentos. Teria prestado um grande benefício aos seus leitores. E ganharia credibilidade. O Caminho é o Senhor Jesus, e a salvação se dá pela fé nEle, não em Maria (Jo 3.18; Rm 8.1; 10.9; Ef 2.8).

Diz o Catecismo da ICAR: “Maria se tornou de verdade Mãe de Deus pela concepção humana do Filho de Deus em seu seio”. Afirmar que Maria é Mãe do Criador é uma heresia das mais aberrantes. Deus não tem mãe nem pai. O Pai é eterno; o Filho é eterno, o Espírito é eterno. Para que Maria fosse a mãe de Deus, ela teria que ser também eterna. E teríamos não uma Trindade, mas um Quarteto. Diz o Catecismo que ela “se tornou Mãe de Deus na concepção humana do Filho”. Onde está escrito? Vejamos o que lhe disse o anjo Gabriel: “Salve, agraciada [recebeu graças]; o Senhor é contigo; bendita [abençoada, feliz, ditosa] és tu entre as mulheres [não acima das mulheres]; achaste graças diante de Deus. Em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus; este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim” (Lc 1.26-33). O anjo Gabriel não informou que Maria “se tornaria” Mãe de Deus a partir daquele momento. No Novo Testamento, não há qualquer afirmação nesse sentido. Nos quatro evangelhos – Mateus, Marcos, Lucas e João -, nenhum registro há que dê respaldo à doutrina católica. Quem proclamou ser Maria Mãe de Deus foi o Concílio de Éfeso, em 431. Nas cartas do apóstolo Paulo, não há nenhum registro. Considerando-se que as Escrituras são de inspiração divina, e que a Igreja Primitiva e os cristãos dos primeiros séculos não serviam, nem cultuavam, nem adoravam Maria, conclui-se que os dogmas marianos foram uma criação exclusiva do catolicismo.

Considero uma injustiça o Vaticano escolher dentre milhões de santos (Ap 7.9) que se encontram no céu alguns para serem agraciados com o título de protetor e mediador, com o privilégio de serem representados em imagem esculpida. A Bíblia diz que “sem santificação ninguém verá a Deus” (Hb 12.14). Logo, todos os salvos, de todas as épocas, são considerados santos.

Finalmente, registro a advertência do Senhor: “Porventura não consultará o povo a seu Deus? Em favor dos vivos consultar-se-ão os mortos?” (Is 8.19).

18.03.2017

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *