Quem Eram os Essênios?

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Os Essênios (Issi’im) ou Essénios, na grafia portuguesa européia, constituíam um grupo ou seita judaica ascética que teve existência desde mais ou menos o ano 150 a.C. até o ano 70 d.C. Estavam relacionados com outros grupos religioso-políticos, como os Zadoquitas.
Durante o domínio da Dinastia Hasmónea, os essénios foram perseguidos. Retiraram-se para o deserto, vivendo em comunidade em estrito cumprimento da lei mosaica. Na Bíblia não há menção sobre eles. Sabemos deles por Josefo e por Fílon de Alexandria (filósofo judeu). O historiador Flávio Josefo relata a divisão dos judeus do Segundo Templo em três grupos: Saduceus, Fariseus e Essênios. Os essênios eram um grupo de separatistas, a partir do qual alguns formaram uma comunidade monástica ascética que se isolou no deserto.
Acredita-se que a crise que desencadeou esse isolamento do judaísmo ocorreu quando os príncipes Macabeus no poder, Jonathan e Simão usurparam o ofício do Sumo Sacerdote, consternando os judeus conservadores. Alguns não podiam tolerar a situação e denunciaram os novos governantes. Josefhus refere na altura a existência de 4000 membros do grupo, espalhados por aldeias e povoações rurais. Entre suas comunidade é famosa a de Qumran. O seu nome, que provavelmente não era usado pelos próprios, ou é uma versão da palavra grega para “sagrado” ou provém de algum vocábulo do dialecto aramaico, significando “piedoso”. Segundo pesquisas feitas pelo historiador orientalista Christian Ginsburg, os essênios foram os precursores do Cristianismo, uma vez que a maior parte dos ensinamentos de Jesus, suas frases e comportamento, nos remetem ao ideal essênio de vida espiritual.

Os essênios são mencionados nos Manuscritos do Mar Morto, como segue:

Os Pergaminhos do Mar Morto, ou manuscritos do Mar Morto são uma colecção de cerca de 850 documentos (em papiro), incluindo textos da Bíblia Hebraica (Antigo Testamento), que foram descobertos entre 1947 e 1956 em 11 cavernas próximo de Qumran, uma fortaleza a noroeste do Mar Morto, em Israel (em tempos históricos uma parte da Judéia). Eles foram escritos em Hebraico, Aramaico e grego, entre o século II a.C. e o primeiro século depois de Cristo. Foram encontrados mais de 800 textos, representando vários pontos de vista, incluindo as crenças dos Essénios e outras seitas.
Os textos são importantes por serem praticamente os únicos documentos bíblicos judaicos hoje existentes relativos a este período e porque eles podem explicar muito sobre o contexto político e religioso nos tempos do nascimento do Cristianismo. Os pergaminhos contêm pelo menos um fragmento de todos os livros do das escrituras hebraicas, exceto o livro de Ester. Além de fragmentos bíblicos, contêm regras da comunidade, escritos apócrifos, filactérios, calendários e outros documentos.
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Em 20.03.06, o leitor e irmão Antonio deixou no Mural de Recados deste site a seguinte observação:

“Há muita controvérisa sobre esta seita, sempre envolta em mistérios e esoterismos, chegando muitos a dizer que Jesus era membro dessa ordem. Dizem que o Senhor, no sermão da montanha, fez referências a eles, que se intulavam ‘os pobres de espírito’, alusão ao estilo de vida extremadamente austero e de um rigor e simplicidade absolutos. Flávio Josefo conta que quando aprisionados pelo cruel e sanguinário exército romano do general Tito, na investida que esmagou a revolta judaica de 70 A.D., os essênios, sob intensa tortura – tendo seus ossos triturados, queimados vivos e despedaçados -, morriam entoando lindos cânticos de louvor à JEHOVAH, na mais absoluta serenidade e em meios a sofrimentos inimagináveis.
Se O Espírito Santo achou por bem não incluí-los no Santo Texto, deixemo-los repousando no panteão das incontáveis vítimas da perversidade humana, de todos os tempos”.

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