Mary Schultze
Desde que o ensino da religião cristã foi abolido nas escolas, em nome da liberdade individual, os estudantes têm crescido sem conhecer o Deus Criador dos céus e da terra, mergulhando, paulatinamente, no laicismo, o qual, segundo o jornalista Carlos Alberto Di Franco, “é um dogmatismo secular, ideologicamente totalitário e fechado em sua verdade única”.
Até a chegada dos Beatles (os mensageiros satânicos que trouxeram da Índia as superstições ocultistas), o Ocidente tinha a Bíblia do Catolicismo Romano e do Protestantismo como regra de fé e prática, com as famílias lendo o Livro Santo ou, pelo menos, freqüentando a Igreja, aos domingos.
As últimas gerações – dos anos 1960 para cá – criadas sem qualquer orientação religiosa, foram mergulhando na ilusão da liberdade de usar o seu corpo como melhor lhes aprouvesse, passando a profanar o templo do Espírito Santo, com os vícios do fumo, do álcool, das drogas e da imoralidade, desconhecendo o preceito divino de que o homem sempre colhe o que semeia (Gálatas 6:7). Com a degradação causada pelos vícios veio a degeneração ocidental e hoje somos considerados, até mesmo pelos povos orientais mais incultos, como verdadeiros discípulos do Diabo.
Somos um povo que agora apóia o homossexualismo e o lesbianismo, esquecendo a condenação desses pecados em Romanos 1:21-27. Somos uma geração que não mais respeita os pais e os superiores, achando-nos no direito de passar por cima das leis, satisfazendo o nosso egoísmo e acreditando que Deus está morto. Desse modo, nossas gerações modernas tornam-se escravas de suas paixões e do secularismo, “que se tornou tão fundamentalista a ponto de ninguém mais poder resistir-lhe”, tornando-se o caminho propício à vinda de um ditador mundial, que a profecia bíblica chama de Anticristo, ou “homem do pecado”.
O laicismo não proíbe religião alguma, contanto que esta não vá de encontro aos seus princípios de falsa liberdade, sendo o Cristianismo bíblico a única religião por ele considerada perigosa. Isso porque os que a adotam não se dobram diante dos poderes malignos do mundo e assim tornam-se incômodos aos pregadores da “divinização” humana.
Por causa do liberalismo e do laicismo tivemos ideologias como o Nazismo e o Comunismo, as quais precipitaram o mundo em guerras e revoluções, castigando pessoas inocentes em nome da liberdade social, política e religiosa. No agnosticismo têm mergulhado muitos “teólogos”, católicos e protestantes, querendo livrar-se de Deus, negando a divindade de Cristo… pois se Jesus não é Deus, todos nós somos pequenos “deuses” e temos o direito de agir conforme nossos desejos. Em nome da liberdade humana é que muitos horrores têm sido praticados.
Como diz o jornalista supracitado,
“A Revolução Francesa, por exemplo, não gerou apenas um magnífico ideário. A utopia de 1789, em nome da ‘igualdade’, da ‘fraternidade’ e da ‘liberdade’, desembocou no terror da guilhotina»… A 2ª Guerra Mundial não foi acionada por gatilhos religiosos. O holocausto do povo judeu, fruto direto da insanidade de Hitler, teve alguns de seus pré-requisitos na filosofia da morte de Deus. Nietzsche, o orgulhoso idealizador do super-homem, está na raiz imediata dos campos de concentração e de extermínio programado. E não foi a religião que desencadeou o Arquipélago Gulag do stalinismo. Feitas as contas, com isenção e honestidade intelectual, é preciso reconhecer que o sonho racionalista projetou poucas luzes e muitas sombras… A utopia, concebida no ambiente rarefeito dos gabinetes intelectuais, padece do mal da abstração. Perfila um homem impecável, um sistema irretocável. Depois, ao topar com o homem real, com suas grandezas e misérias, não admite a evidência das limitações teóricas. Brota, então, o delírio persecutório, a síndrome da conspiração. Radicaliza-se o sonho. A abstração quer se impor à realidade. E o humanismo inicial cede espaço ao obscurantismo”.
A Bíblia nos ensina que devemos permanecer “firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não nos colocar-nos debaixo do jugo da servidão” (Gálatas 5:1), referindo-se à religião e à política. Quem pratica a religião cristã embasada na Palavra de Deus não se submete facilmente às exigências do mundo, permanecendo incólume, segundo nos ensina a Palavra da Verdade.
Vamos cultivar a liberdade com que fomos resgatados pelo Senhor dos senhores, vivendo uma vida reta e santa diante de Deus e dos homens. Quem lê e se empenha em praticar os ensinos bíblicos, torna-se verdadeiramente livre, pois o Filho de Deus nos liberta dos maus desejos que o secularismo atual nos permite acalentar e desenvolver, para a satisfação do nosso ego.
O próprio Jesus disse aos judeus, em uma de suas pregações: “Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado. Ora o servo não fica para sempre em casa; o Filho fica para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8:34-36).
Mary Schultze, fevereiro, 2005.
“…Todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus” (Romanos 8:28).