Quebra de Maldição

QUEBRA DE MALDIÇÃO
Timofei Diacov

Teria Deus amaldiçoado a raça humana? Estaríamos hoje necessitando de promover a quebra de alguma maldição? Às vezes ouço aqui, ali, acolá, “vamos ter uma reunião para quebrar a maldição”. Que maldição? Alguém nos amaldiçoou? Quem o fez? Ora, se existe alguma coisa, essa coisa alguém criou. Quem a criou? Deve ter um criador. Mas, afinal, o que vem a ser maldição? Maldição é a palavra mal-dizer, rogar pragas, excomungar. E isso pode acontecer numa circunstância adversa, numa hora de contrariedade. Há um ditado popular que diz: “praga de urubu não pega em boi gordo”.

Quando o povo de Israel vinha da terra do Egito, sob o comando de Moisés, destruindo povos pagãos, sob a ordem de Deus; e o rei Balaque, temendo e tremendo, enviou mensageiros a Balaão, para que viesse e amaldiçoasse esse povo, oferecendo-lhe muito ouro, conforme Números 22 e 23, Balaão, desejoso de receber esse bolão, fez tudo para convencer Deus de que deveria atender ao rei moabita. Mas o Senhor o impediu. Mais tarde o povo de Israel deu fim nele, matando-o à espada. Deus não permitiu amaldiçoar ao seu povo. Assim que Adão transgrediu a ordem divina, Deus amaldiçoou a terra, fazendo com que produzisse espinhos, cardos, cansaço, fadiga. Mas jamais amaldiçoou a criatura, ou seja, a raça humana. Então, de onde tiram essa idéia de quebra da maldição? Será que desconhecem a Palavra de Deus? Certamente que sim.

O Apóstolo Paulo recomenda abençoar, e não amaldiçoar. Temos que saber que a palavra mal usada pode trazer tremendas dificuldades para uma pessoa. E se entre os pagãos existe a prática de amaldiçoar, essa prática não é cristã. Afinal, a obra de nosso Senhor Jesus Cristo foi completa ou incompleta? Ela tem ou não valor para a vida daquele que o aceita como salvador? O que nos ensina o Apóstolo Paulo, em II Coríntios 5.17? “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram, e eis que tudo se fez novo”. “Se andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo pecado” (I Jo 1.7). Afinal, esse sangue tem ou não poder para nos purificar?

“Cristo nos resgatou da lei, porque está escrito: maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas da lei para fazê-las… Cristo se fez maldição por nós, pois está escrito: maldito todo o que for pendurado no madeiro. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldito por nós”, Gálatas 3.12-14. Portanto, o que amaldiçoa uma pessoa é o pecado. Querer livrar-se do pecado pela observância da lei mosaica, é permanecer na maldição do próprio pecado. Portanto, retenhamos o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Como vimos acima, quem está em Cristo Jesus, é nova criatura, as coisas velhas já passaram. A maldição da lei foi desfeita pelo sacrifício do Filho de Deus. Portanto, não há lugar para quebra de maldições. Estamos livres para viver os ensinos do Senhor. Alegremo-nos nele sempre.

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Pr. Timofei Diacov
Pastor da Igreja Batista de Guarantã, SP, e membro
da Igreja Batista Ágape, de Lins, SP

Rua Aroeira, 135 – Jardim Pinheiro
16400-576 – Lins – SP
(0xx14) 3522-7032

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