“Depois, virá o fim, quando tiver entregado o Reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo império e toda potestade e força. E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, também o mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos” (1 Co 15.24, 28).
Comentários – “As três pessoas da trindade são iguais em divindade e em dignidade. A subordinação que se estabelece é apenas quanto à função de cada pessoa. Deus-Pai é o SENHOR e cabeça supremo da trindade. Deus-Filho tem a função de cumprir a vontade soberana do Pai, na criação como na plena redenção da raça humana, Deus-Espírito é enviado pelo Filho como selo da salvação e poder espiritual para habitar e capacitar o crente a fazer a vontade do Pai, com o objetivo de que Deus seja tudo em todos” (Comentários BKJ). “A relação entre Cristo e o Pai, expressa nesta passagem, é do maior valor para nós na formulação da doutrina da Santíssima Trindade. Temos aí uma amostra da subordinação do Filho – para usarmos o termo teológico – mas isto não colide de modo algum com a crença na plena deidade de Cristo, o qual participa com o Pai da substância da Divindade (Jo 1.1; Cl 2.9). A subordinação diz respeito ao ofício, não à pessoa. A referência é à obra de Cristo como Redentor e como Rei no reino de Deus. Ele foi designado para essas funções” (O Novo Comentário).
A partir disso, podemos compreender mais fácil João 3.16, onde está escrito que “Deus deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Esta foi a mais importante função de Cristo. Fica mais fácil entender João 14.26, em que o Consolador, o Espírito Santo, é enviado pelo Pai. Coube ao Deus-Espírito ficar com a Igreja, interceder por ela, como Amigo, Advogado, Aliado. E o Espírito Santo é Deus (Atos 5.3-4).