Religiosos que rejeitam a doutrina da Trindade admitem adoração apenas a Yahweh, o Eterno. Jesus, considerado um deus menor, não mereceria adoração. Iniciamos nossa análise com a categórica afirmação do Verbo: “Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás” (Mt 4.10).
Ao não recusar adoração, Jesus igualou-se ao Pai, e se considerou digno de ser adorado. Vejam.
“Então chegou ela, e adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me” (Mt 15.25; v. Mt 2.2,8,11; 8.2; 9.18; 14.33; 20.20; 28.9, 17; Jo 9.38). Os contradizentes alegam que não houve uma adoração genuína, mas somente um gesto de “reverência”. Alegam que a palavra grega “proskuneõ” (adorar) pode ser entendida como um ato de homenagem ou reverência. Quando dirigida a Deus, usam o termo adorar; quando dirigida a Jesus, usam reverenciar. Exemplos:
1 – Tradução do Novo Mundo (Testemunhas de Jeová): “Chegando a mulher, começou a prestar-lhe homenagem” (Mt 15.25). 2 – Bíblia Israelita: “Então ela veio e em sinal de respeito se prostrou…” (Mt 15.25). Essas versões da Bíblia, e semelhantes, fazem tais alterações para que os textos se harmonizem com sua teologia. Fizeram o mesmo com “theos” (Deus), em João 1.1: “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. Traduzem assim a frase final: “… o Verbo [era] um deus” (Tradução do Novo Mundo), e “… a palavra era divina” (Bíblia Israelita).
Em nenhum dos casos citados, Jesus recusou o gesto de adoração. As pessoas se ajoelhavam aos seus pés (um gesto físico de uma adoração interior). Não fosse ele digno der adoração, com certeza recusaria como fez Pedro: “… entrando Pedro, saiu Cornélio a recebê-lo, e, prostrando-se a seus pés o adorou. Mas Pedro disse: “Levanta-te, que eu também sou homem”. Se Jesus não fosse digno, diria algo semelhante a “levanta-te; adoração somente ao meu Pai”.
PORÉM, o Pai chama o Filho de DEUS e recomenda: “E todos os anjos de Deus o adorem” (Hb 1.6, 8).