Gostaria de que o sr. me explicasse a respeito de lançar sortes no contexto bíblico.
RESPOSTA
O ultimo registro do uso do método de lançar sortes está em Atos 1.23-26: “Esta era uma instituição sagrada no antigo Israel, um meio muito em voga de se descobrir com certeza a vontade divina, sendo de fato o princípio da decisão aplicado no caso de Urim e Tumim” (O Novo Comentário da Bíblia). Note-se que o caso ocorreu (Atos 1.26) no período entre a ascensão e o Pentecostes: Jesus se ausentara e o Espírito Santo ainda não tinha vindo. Depois que o Consolador foi derramado, então este passou a comissionar obreiros e dirigir a igreja, sem necessitar de lançar sortes.
Urim e Tumim – Há dúvida com relação a esses nomes (Ex 28.30, cf. Lv 8.8). “Parece que se trata de pedras usadas como sortes, ou talvez de uma única pedra com duas faces sobres as quais estivessem gravadas os termos URIM E TUMIM” [como cara e coroa]. Urim e Turim têm estreita correlação com o lançar sortes. Veja Números 27.21. Tudo indica que era uma das formas que Deus usava para manifestar a sua vontade sobre uma decisão. Essas pedras ficavam no peitoral (parte das vestes sacerdotais). Veja o comentário de a Bíblia de Estudos Pentecostal: (Ex 28.30: “As Escrituras não explicam o significado de Urim e Tumim. O sentido literal pode ser ”luzes” e “perfeições”, ou maldições” e “perfeições”. Possivelmente eram usados para lançar sortes, na busca de uma resposta “sim” ou “não” , na definição da vontade de Deus em casos específicos (Lv 8.8; Nm 27.21; Dt 33.8; 1 Sm 28.6)”.
Veja que o rei Saul declarou que o Senhor não falava com ele nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas. (1 Sm 28.6). Quer dizer, mesmo lançando sortes Deus não respondia. O costume de lançar sortes era muito comum, e fizeram assim os soldados logo após haverem crucificado Jesus, para saberem com quem ficava a Sua túnica. Neste caso usaram qualquer tipo de pedra ou objeto.