Ex-Espírita Ricardo B. Marques – Breve Testemunho

Um breve testemunho
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RICARDO MARQUES iniciou-se desde a adolescência no espiritismo kardecista, como “médium” de efeitos físicos. Estudou a obra completa de Allan Kardec, assim como o que existe de mais importante no espiritismo ocidental, inclusive o que se relaciona a Chico Xavier e outros “médiuns” brasileiros famosos. Anos depois, passou a estudar também os escritos da “médium” Helena Blavatsky e de outros autores considerados esotéricos, interessando-se também, a partir daí, pela Filosofia Oriental.
Embora se mantendo fiel ao kardecismo, transitou pela magia e pelo esoterismo. Tornou-se mago, através do Colégio dos Magos, do qual era membro; foi rosacruz, através da AMORC, e diplomou-se em Parapsicologia pelo INPAR. Fundou e coordenou o grupo Alpha-7 de Desenvolvimento Mental, em Fortaleza, assim como a Associação Brasileira para a Era de Aquário, uma das pioneiras do movimento Nova Era no Brasil, e participou da organização de vários eventos ligados a espiritismo e misticismo.
Ricardo mantinha contatos “mediúnicos” rotineiramente, o que era testemunhado por muitos de seus amigos, alguns dos quais convivem com ele até hoje. Manifestava fenômenos como telepatia, telecinesia, praticava a projeção astral (na época chamada “desdobramento”), leitura da aura etc. Recebia “orientações” de entidades do mundo espiritual, que se identificavam como “espíritos de luz”, “guias espirituais” e “mestres da sabedoria”. A reencarnação era uma de suas principais convicções, à qual se manteve apegado até o último instante antes de sua conversão a Cristo.
Confrontado com a Bíblia por dois primos que tornaram-se cristãos, resistiu veementemente à tentativa de evangelismo, defendendo o espiritismo e a reencarnação com os conhecimentos e as experiências que havia adquirido na prática daquela filosofia. Desafiado a estudar a Bíblia para poder contra-argumentar com base, Ricardo mergulhou no Antigo e no Novo Testamento, porém com o intuito de encontrar inconsistências que pudesse usar contra seus evangelizadores. Contudo, foi chegando o tempo em que a busca sincera pela verdade, diante de Deus, lhe permitiu detectar incoerências e inconsistências, mas elas estavam em suas próprias experiências místicas e nos ensinos dos “mestres” que até então vinha recebendo.
O testemunho de muitos ex-médiuns, ex-espíritas e ex-esotéricos, a exemplo do brasileiro Heber Soares, sucessor de Zé Arigó, cuja autobiografia está relatada em “Nos Bastidores dos Espíritos”; a norte-americana Johanna Michaelsen, que fazia cirurgias mediúnicas e é autora de “A Bela Face do Mal” e “Como Cordeiros para o Matadouro”; o ex-guru indiano Rabi Maharaj, que conta sua história em “A Morte de um Guru”, e tantos outros, revelaram a Ricardo que as contradições que ele estava detectando não eram “coisas de sua cabeça”, mas parte de uma verdade espiritual bem distinta da que ele conhecia, e que julgava ser a certa.
Esses ex-médiuns, que Ricardo conheceu através de livros, reportagens e palestras, e que denunciavam o “belo” espiritismo como um engodo sedutor e quase perfeito, e o fato de estes mesmos ex-médiuns dizerem que encontraram a Verdade definitiva no Cristianismo Bíblico, foi reforçando no jovem místico uma desconfiança a respeito da doutrina espírita e da “sabedoria” esotérica. Passando a estudar a Bíblia, Ricardo foi, gradativamente, descobrindo haver sido enganado por quase todos os autores místicos que até então vinha estudando. A culpa, porém, era sua, por acreditar sem investigar a fundo.
Ao começar a estudar a Bíblia e afastar-se das práticas espíritas e ocultistas, as entidades que se manifestavam a Ricardo como “espíritos de luz” e “guias espirituais”, que falavam sempre do “bem” e de forma branda e pacífica, começaram a revelar sua verdadeira identidade. Seu “guia” tornou-se ofensivo,acusando-o de “ingrato”, de Ricardo estar se esquecendo da sua “missão cósmica” e chegando a ameaçá-lo: se Ricardo não deixasse de ler a Bíblia e não retornasse às práticas espiritualistas e místicas, as entidades ficariam furiosas e o fariam adoecer, talvez até morrer…
Era o que Ricardo precisava. Se havia alguma dúvida sobre a verdadeira natureza dos “espíritos”, se eram mesmo manifestações de mortos como dizia Kardec e todas as linhas místico-esotéricas, ou se eram manifestações de anjos caídos, especialistas em enganar, como diz a Bíblia, agora não havia mais. A cada momento, as coisas cooperavam para confirmar a verdade da revelação bíblica, bem como a atraente e muito bem arquitetada mentira da doutrina espírita e do misticismo esotérico.
Conforme as entidades haviam ameaçado, Ricardo passou a ser alvo de ataques, tendo afetados seu sono, sua saúde, sua paz – e sofreu tudo isso silenciosamente, sem que sequer seus evangelizadores tomassem conhecimento. Embora praticamente nada soubesse a respeito de Deus, Jesus e as Escrituras, Ricardo começava a confiar que sua sincera busca pela Verdade moveria o que ele chamava de “Deus dos cristãos” em seu favor; e assim começou a pedir a Deus que revelasse a Verdade Absoluta ao seu coração, e que o protegesse daqueles “espíritos de luz”, que, de fato, eram “espíritos” do erro e da mentira.
A Bíblia promete que, ao se buscar o Caminho com sinceridade de propósitos e sem preconceitos, o Espírito Santo de Deus revela a Verdade ao coração do buscador, levando-o à conversão genuína e à redenção pela graça, através de Jesus Cristo. Trata-se de uma experiência pessoal, intransferível, que não envolve merecimentos (por isso Jesus referia-se como “a graça de Deus”) nem pode ser mediada por nenhuma igreja ou sociedade religiosa, nem por qualquer pessoa, viva ou morta, santa ou não, religiosa ou não. É assunto exclusivo entre a pessoa tocada, e o próprio Deus feito homem, Jesus: “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai, se não for por Mim” (Jesus, em João 14:6); “Há um só mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo” (Paulo, em 1ª Timóteo 2:5); etc.
Foi o que aconteceu com Ricardo: inicialmente – e após muita resistência – sofrendo um processo de “convencimento” intelectual, diante dos fatos com que se deparou, e finalmente compreendendo as incoerências e contradições do espiritismo e da doutrina cármica, acabou voltando-se para o lado oposto de tudo aquilo que, bem intencionado, havia aprendido e ensinado. Assim, Ricardo foi levado a converter-se genuinamente a Jesus Cristo (a quem imaginava “seguir” através do espiritismo) e assim encontrar a Verdade Absoluta. Hoje é um cristão convicto, havendo renunciado às crenças e práticas espiritualistas, como tantos outros que se empenham atualmente em esclarecer espíritas bem-intencionados sobre o engano em que estão envolvidos.
Ricardo Marques é biólogo, paleontólogo, educador, psicanalista clínico eneuropsicólogo, com formação em neurociências e comportamento, e mestre em Ciência (M. Sc); além de professor universitário, criou e lecionou disciplinas em seminários teológicos, como Lógica e Crítica da Religião (Seminário Teológico Batista do Ceará), mas sempre foi e é de opinião que conhecimentos e títulos são, como diz o autor de Eclesiastes, “vaidade” e “correr atrás do vento”, sem qualquer serventia em se tratando do entendimento da realidade, especialmente da realidade espiritual. Nessa área o que conta é a humildade e o despir-se da vaidade e dos preconceitos; é, como disse Jesus, “negar-se a si mesmo”, tirando a nós mesmos, e ao homem, do centro das atenções, substituindo-nos pelo Deus único, perfeito e infinito. Usando nosso livre-arbítrio dessa maneira, o verdadeiro Jesus recebe “sinal verde” para revelar-se a nós. Você crê nisso?

Ricardo é casado com Ana Carmem, pai de dois filhos; fez voto de viver vida simples e não é rico materialmente; mas, é muito, muito feliz.

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