Como entender as expressões “Forma de Deus” e “Forma de Servo” relativas ao Senhor Jesus?

“Que sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens. E achado em forma de homem, humilhou-se a si mesmo… (Fp 2.6-8).

FORMA – 1. “Morphe” (grego) denota “a forma ou traço especial ou característico de uma pessoa ou coisa. É usado com significado particular no Novo Testamento, somente acerca de Cristo, em Fp 2.6,7, nas frases: “Sendo em forma de deus” e “tomando a forma de servo”. Definição excelente da palavra é a que Gifford oferece:” O termo morphe é, portanto, a natureza ou a essência, não no abstrato, mas como subsistindo na verdade no indivíduo, e retido, contanto que o indivíduo exista. […] assim, na passagem diante de nos “morphe theou” [forma de Deus] é, de fato, a natureza divina e inseparavelmente subsistente na Pessoa de Cristo. […]. Quanto à interpretação da expressão “forma de Deus”, é suficiente dizer que: (1) inclui toda a natureza e essência da deidade, e é inseparável delas, visto que não podem ter existência real sem ela: e (2) que não inclui em si mesma qualquer coisa acidental ou separável, como determinadas maneiras de manifestação ou condições de glória e majestade, as quais podem, numa ocasião, estar presas à forma; e em outra, separada dela, […].
O verdadeiro significado de “morphe” na expressão “forma de Deus” é confirmada por seu reaparecimento na expressão correspondente, “forma de servo”. É universalmente aceito que as duas frases são diretamente antitéticas e que, portanto, a palavra “forma” tem de ter o mesmo sentido em ambas (extraído de On The incarnation, de Gifford, pp. 16, 19, 39).
A definição acima se aplica a seu uso em Mc 16.12, quanto aos modos particulares nos quais o Senhor se manifestou”.

Os comentários acima foram extraídas do Dicionário VINE
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“O texto quer dizer que o Senhor Jesus, embora sendo Deus, não se utilizou das prerrogativas da divindade em Seu ministério, e mesmo que fizesse uso delas, não consideraria uma usurpação” (Comentários da Bíblia Apologética).
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SENDO EM FORMA DE DEUS – “Jesus sempre foi Deus pela sua própria natureza e igual ao Pai antes, durante e depois da sua permanência na terra (ver Jo 1,1. 8.58; 17.24; Cl 1.15, 17; Jo 20.28). Cristo, no entanto, não se apegou aos seus direitos divinos, mas abriu mão de seus privilégios e glória no céu, a fim de que nós, na terra, fôssemos salvos”.
ANIQUILOU-SE A SI MESMO – “O texto grego do qual foi traduzida esta frase diz literalmente que Ele “se esvaziou”, isto é, deixou de lado sua glória celestial (Jo 17.4), posição (Jo 5.30; Hb 5.8), riquezas (2 Co 8.9, direitos (Lc 22.27; Mt 20.28) e o uso de prerrogativas divinas (Jo 5.19; 8.28; 14.10). Esse “esvaziar-se” importava não somente em restrição voluntária de seus atributos e privilégio divinos, mas também na aceitação do sofrimento, da incompreensão, dos maus tratos, do ódio e, finalmente, da morte de maldição na cruz”.
A FORMA DE SERVO… SEMELHANTE AOS HOMENS – “Para trechos da Bíblia que tratam de Cristo assumindo a forma de servo, ver Mc 13.32; Lc 2.40-52; Rm 8.3; 2 Co 8.9; Hb 2.7,14. Embora permanecesse em tudo divino, Cristo tomou sobre si uma natureza humana com suas tentações, humilhações e fraquezas, porém sem pecado (Hb 4.15)” (Comentários da Bíblia de Estudo Pentecostal)

Transcrição: Pr. Airton Evangelista da Costa
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