Como Entender a Doutrina da Predestinação?

Essa polêmica se arrasta há 500 anos: os salvos já estão escolhidos desde a fundação do mundo? Deus escolheu, por sua soberania, aqueles que iriam morar no céu, e os demais seguirão o caminho natural da condenação, eis que já estão mesmo condenados em face da queda de Adão? De um lado, há os que afirmam que, uma vez eleito, o homem não mais perde a salvação; do outro lado, há os que admitem que o homem pode perder a salvação, mesmo depois de ser alcançado pela graça. O importante é sabermos que em Cristo somos salvos. Entenda como as duas linhas de pensamento estão delineadas, conforme abaixo:

CALVINISMO – Sistema teológico elaborado pelo teólogo francês João Calvino (1509-1564). Os pontos fundamentais do seu ensino são:

(1) Depravação total: Os homens nascem depravados, não lhes sendo possível, nesse estado, escolher o caminho da salvação.
(2) Eleição incondicional – Somos escolhidos por Deus para salvação, independente de qualquer mérito de nossa parte.
(3) Graça irresistível – Os escolhidos não resistirão à graça salvadora do Criador, em razão da atuação do Espírito Santo, convencendo-os do pecado.
(4) Expiação limitada aos eleitos – O alto preço do resgate, pago por Jesus na cruz, alcançou apenas os eleitos.
(5) Perseverança dos crentes – Nenhum dos eleitos perderá a salvação; irão perseverar até o fim, pois estão predestinados ao céu desde a fundação do mundo. Em resumo, o movimento teológico calvinista defende a absoluta soberania de Deus, e a exclusão do livre-arbítrio. Deus concede aos eleitos graça eficaz e irresistível, que permite ao homem continuar perseverante por toda a vida.

ARMINIANISMO – Sistema teológico formulado pelo teólogo holandês Jacobus Arminius (1560-1609), em oposição à doutrina Calvinista da predestinação, assim exposto:

1) Livre-arbítrio – Deus concedeu ao homem a capacidade de aceitar ou recusar a salvação que lhe é oferecida.
2) Eleição condicional – Deus elege ou reprova com base na fé ou na incredulidade em Jesus Cristo.
3) Expiação ilimitada – Cristo morreu por todos, e não somente pelos eleitos.
4) Graça resistível – É possível ao homem rejeitar a Graça de Deus e, em conseqüência, perder a salvação.
5) Decair da Graça – Os salvos podem perder a salvação se não perseverarem até o fim.

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