Aniquilando a Graça de Deus

ANIQUILANDO A GRAÇA DE DEUS
Por: C. D. Cole

“Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde”. Gálatas 2:21

“Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo”. Judas 4.

Estes dois textos falam de dois perigos, perigos estes de direções opostas. O de aniquilar a graça e o de transformar a graça em libertinagem. Um é o perigo de deixar a graça de lado, como se não precisasse dela; o outro é o de abusar dela, usando-a como justificativa para uma vida de orgia e práticas dissolutas. O primeiro é o perigo do Arminianismo, um sistema que prega a salvação pelas obras humanas; o segundo é o do Antinomianismo, sistema que nega a responsabilidade ensinando que o pecador pode ser salvo pela graça e depois chafurdar no lamaçal do pecado. O filho genuíno de Deus deseja ficar longe destas duas rochas enquanto navega pelo mar da vida.

ANIQUILANDO A GRAÇA DE DEUS

1. O que significa isto? É deixar a graça de lado, fazendo com que a salvação dependa da bondade e méritos do homem. Torna a salvação em algo que o pecador ganha totalmente ou em parte pelos seus méritos. “Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida”. Romanos 4:4. Os homens aniquilam a graça ao pensarem e ensinarem que é preciso cumprir a lei de Deus, a fim de ser salvo. Paulo disse que ele não fazia isso. “Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça”. Romanos 4:5.

2. Os homens aniquilam a graça quando tentam se tornar justos pelas obras da lei. Teoricamente, há duas maneiras para o pecador se tornar justo perante a lei de Deus. Uma é cumprir esta lei, mas este caminho está fechado a todos os homens, porque todos quebraram a lei. Suponha que o pecador dissesse: “Quero me tornar justo, cumprindo a lei”. A lei coloca os óculos e diz: “Nasceu santo ou começou a vida sem a natureza pecaminosa”? Essa pergunta o nocauteia logo no início, porque homem nenhum pode afirmar isto. Salmo 51:5 diz: “Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe”. Todos nós nascemos com uma natureza pecaminosa e assim que começamos a distinguir o certo do errado, fazemos o que é errado. Seguimos a tendência de nossa natureza depravada. Se alguém quiser argumentar, deixe essa questão e mude para outra: podemos cumprir a lei de Deus perfeitamente de agora em diante? Se a resposta for SIM, então me diga que parte de sua vida é absolutamente perfeita. Lembre-se: um pecado só é bastante para nos condenar. Ser culpado em um ponto, é ser culpado de quebrar a lei. Teoricamente, o homem que cumpre a lei é justo diante de Deus. Mas, desde que todos pecaram, então ninguém pode ser salvo assim.

Outro modo para se tornar justo é ter a justiça de Cristo creditada em nossa conta. Este é o único meio, pelo qual é possível nos tornarmos justos – ser revestido da justiça de Cristo. A justiça é baseada na obediência e Cristo foi obediente até a morte. Ele não precisava desta justiça para Si mesmo – é Deus e não está sob nenhuma lei – por isso Sua obediência e justiiça se destinaram a pessoas injustas. Romanos 5:1: “Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos”. Esta justiça se torna do pecador pela fé – ele não pode consegui-la de nenhum outro modo. Romanos 10:4 “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê”.

3. Se pudéssemos ser justificados por nossas próprias obras, então Cristo teria morrido em vão. Esta é uma razão porque odeio tanto a justiça própria – ela acusa Cristo de fazer uma coisa tola e vã. Torna também Sua morte uma tolice completa.

B. H. Carroll gostava de dizer que quando encontrava um pecador de coração perfeitamente endurecido, que pensava que podia se justificar pela sua própria conduta, ele o levava ao Monte Sinai de onde podia ver a fumaça e ouvir o trovão e deixava o inferno espantá-lo. Quando isto acontecia, então estava pronto para ouvir o Evangelho.

CONVERTER EM DISSOLUÇÃO A GRAÇA DE DEUS

O que isto significa? Não é poluir o princípio da graça. Significa que a doutrina da graça – os ensinamentos sobre ela – é que a pessoa pode ser salva pela graça e depois viver no pecado – cedendo aos impulsos carnais, com a desculpa de que está sob a graça.

O homem que está sob a graça também tem graça no coração e não pode amar o pecado. O homem nascido pela graça não é perfeito – ele também erra, mas odeia o erro e a si mesmo por errar e se arrepende. A graça de Deus nele não o deixará viver na prática do pecado – ele não comete um décimmo do erro que cometeria sem a graça de Deus.

Os homens estão tornando a graça de Deus em dissolução ao se entregarem a uma vida de prazer, esquecendo-se de Cristo e Sua causa e não se entristecem nem se arrependem.
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Pastor David Zuhars

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