‘Homofobia’, declínio demográfico, imigração islâmica e o último desejo da Europa antes de morrer
Don Feder
© 2006 WorldNetDaily.com
Em vez de sofrer uma morte lenta pelo veneno do modernismo, os europeus poderiam considerar suicídio em massa. De ambos os jeitos, o resultado será o mesmo.
A Europa de hoje está doente.
• As sociedades saudáveis exaltam a família. As sociedades doentes celebram a perversão — e buscam proibir a saudável aversão à perversão, no nome da igualdade.
• As sociedades saudáveis entendem claramente quem são e como chegaram aonde estão. Elas reconhecem e honram suas raízes religiosas. As sociedades doentes são violentamente seculares. Elas se ocupam com o revisionismo histórico, fingindo que a fé cristã não desempenhou nenhuma parte em seu desenvolvimento.
• As sociedades saudáveis têm filhos. As sociedades doentes são marcadas por índices de nascimento abaixo do nível de substituição. Elas se recusam a se reproduzir. Tendo rejeitado a fé, a família e o futuro, elas têm falta de um incentivo para a procriação.
As declarações precedentes são muito importantes para entendermos a resolução “Homofobia na Europa”, que foi decretada de modo esmagador pelo parlamento da União Européia em janeiro de 2006.
A resolução define “homofobia” como “um medo e aversão irracional da homossexualidade e das lésbicas, gays, bissexuais e transgênicos baseados no preconceito, semelhante ao racismo, xenofobia, anti-semitismo, sexismo”.
Os patrocinadores da resolução não citaram nenhuma evidência de que os que se envolvem em sexo anal (e outras formas de sodomia), ou se mutilam numa tentativa de mudar seu sexo, equivalem a negros, judeus e imigrantes — suas evidências se restringem unicamente a suas próprias declarações.
A União Européia exigiu que seus países membros combatam esse preconceito desprezível implementando programas que garantam que indivíduos doentios e pervertidos recebam tratamento igual às pessoas saudáveis e normais. Os países membros da UE receberam ordem de “garantir que os parceiros homossexuais gozem o mesmo respeito, dignidade e proteção como o restante da sociedade” — que parece uma ordem para a aceitação do chamado casamento gay.
Os homossexuais estão sendo enviados para morrer em campos de concentração? Eles estão sendo forçados a usar emblemas especiais de identificação? Há placas em restaurantes, hotéis e teatros dizendo que a entrada deles não é permitida? Eles estão sendo amontoados em guetos? Os jornais estão publicando anúncios de emprego que estipulam “gays não precisam se inscrever”?
Como exemplos de que a extrema homofobia está ficando quase igual às crueldades dos massacres dos judeus e do genocídio, os defensores da resolução (que foi aprovada por um voto de 468 a 149, com 41 abstenções) citam as seguintes desculpas:
1. A Letônia tem uma emenda constitucional que define o casamento como a união de um homem e uma mulher.
2. Quando era prefeito de Varsóvia, o Presidente da Polônia Lech Kaczynski impediu uma parada do orgulho gay.
3. O primeiro ministro da Polônia, Kazimierz Marcinkiewicz, certa vez descreveu o homossexualismo como uma “contaminação” na sociedade.
Recuso-me a dar atenção a outra piada sobre os poloneses. Os poloneses devem ser as pessoas mais inteligentes da Europa.
A cruzada anti-homofobia da União Européia é muito mais sobre perseguir os dissidentes da ortodoxia sexual reinante do que sobre proteger os gays de abuso físico.
Em novembro de 2005, o Pastor Ake Green foi inocentado da acusação de discurso de ódio pelo supremo tribunal da Suécia. O crime do Pastor Green? Pregar um sermão sobre o ponto de vista da Bíblia sobre o homossexualismo. A reação dos ativistas homossexuais suecos? Precisamos de leis mais duras contra o discurso de ódio.
Para entender as prioridades da classe política da Europa, compare a resolução contra a homofobia com a falta de ação da União Européia à onda letal de anti-semitismo que vem varrendo o continente nos cinco anos passados, inclusive agressões, ataques a bomba, tiros e a profanação de sinagogas e cemitérios (tudo por cortesia dos mais novos cidadãos da Europa, vindos da Terra do Profeta Maomé).
Em geral, os europeus vêm adotando uma cosmovisão contrária à Bíblia. A mesma Bíblia que diz dos judeus “abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem”, também chama o homossexualismo de “abominação”.
Não é por coincidência que a nova Europa esteja decidida a não reconhecer as origens do continente. A constituição proposta para a União Européia (um documento de mais de 70 mil palavras) não contém uma única referência ao Cristianismo. Assim, mais de mil anos de história européia foi totalmente apagada. Dá para ver então que Stálin não foi o último governante a reescrever o passado para alcançar objetivos políticos.
Em seu livro “The Cube And The Cathedral” (O Cubo e a Catedral), o acadêmico católico George Weigel observa que para a burocracia de Bruxelas, a atitude européia de negar sua herança cristã é motivada por muito mais do que vergonha do passado.
“Na mente de muitos europeus, o Cristianismo foi um fator importante durante o desenvolvimento da moderna vida pública da Europa”, escreve Weigel, “o Cristianismo foi (e é) um obstáculo à evolução de uma Europa em paz, uma Europa que é campeã dos direitos humanos (inclusive “direitos gays”), uma Europa que governa a si mesma democraticamente”.
Sua campanha anti-homofobia é só o exemplo mais recente da rejeição européia à moralidade judaico-cristã. Na Bíblia, a procriação não é opcional. O primeiro mandamento é “ser fecundo, multiplicar-se e encher a terra”.
Tendo perdido sua fé e adotado uma ética de autonomia radical, os europeus pararam de ir à igreja, pararam de levar a Bíblia a sério, pararam de crer no futuro e pararam de ter filhos.
O continente está em queda livre demográfica. A substituição da população — para manter a atual população — requer uma taxa de fertilidade de 2.1 (o número de filhos que a mulher em média tem na sua vida inteira). A taxa de fertilidade da Itália é de 1.24, a da República Tcheca é de 1.18 e a da Espanha é de 1.15. Em toda a Europa, só a Albânia muçulmana tem uma taxa de fertilidade ao nível de substituição.
Por causa disso, nos próximos 50 anos haverá 70 milhões a menos de europeus (levantando assim o QI integrado da humanidade?). Se as tendências atuais continuarem, as previsões indicam que a população européia cairá de 728 milhões hoje para 658 milhões em 2050.
Em vez de incentivar as mulheres a ter mais filhos, os políticos da Europa estão determinados a incentivar a igualdade entre as famílias que embalam o berço e os casais em relacionamentos que produzem morte propagando doenças freqüentemente fatais. Ora, vejamos… qual é em média a fertilidade de gays e lésbicas durante sua vida inteira?
Tendo abandonado o Cristianismo, a Europa está negociando o símbolo da cruz pelo símbolo do islamismo. A Europa do futuro poderia incluir um líder mufti de Canterbury e mesquitas mais altas do que as igrejas de Paris.
Para resolver o problema da escassez de europeus em seu mercado de trabalho, a Europa recruta mais e mais muçulmanos do Norte da África e do Oriente Médio. O que costumava se chamar Europa cristã agora escancarou as portas para os adeptos da “religião da paz”. (Os portões de Viena, que ficaram firmes em 1683, caíram diante da guerra santa da imigração muçulmana.)
A Europa Ocidental tinha uma população de 250.000 muçulmanos há 50 anos. Hoje são 20 milhões. Com mais ou menos 6 milhões de muçulmanos, 10 por cento da população da França seguem o Corão (que não é propriamente um manual multiculturalista). Há 3 milhões de muçulmanos na Alemanha, 2 milhões na Inglaterra, um milhão na Itália e Holanda, e meio milhão na Espanha e na Áustria.
Há bem poucos muçulmanos nominais (o que é triste). A maioria leva bem a sério o Islamismo (o que é mais triste ainda). Os muçulmanos europeus têm famílias grandes — subsidiadas pelos próprios generosos benefícios da assistência governamental dos países onde eles residem. Vi isso em Bruxelas no ano passado, onde ruas do centro da cidade estavam cheias de mulheres de véu na cabeça empurrando carrinhos com duas ou três criancinhas.
Pode-se ter uma idéia da calamidade que a Europa está para sofrer olhando para os tumultos de novembro nos subúrbios de Paris, onde a segunda e terceira geração de muçulmanos, jamais assimilados à sociedade francesa, destruíram carros com bombas incendiárias, atacaram igrejas e sinagogas e lutaram contra a polícia.
Os europeus escolheram uma forma bem especial de suicídio. Chama-se morte através do islamismo.
Homofobia? Espere até ver a Europa toda governada pelas leis islâmicas.
O Livro que a elite intelectual da Europa rejeitou tem a solução. Na Bíblia, Deus diz para Israel: “Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua semente”. (Deuteronômio 30:19 RC)
Os europeus já fizeram sua escolha. Eles fizeram isso ao adotar o homossexualismo, em sua decisão inconsciente de não ter descendentes e de abrir suas comportas para milhões de imigrantes do mundo muçulmano.
Daqui a 50 a 100 anos, a Europa de Shakespeare e Victor Hugo, a Europa de Rembrandt e Bach, a Europa de Churchill e Karol Wojtyla só existirá nos livros escolares e nos museus.
Ou, talvez o que restar da Europa cristã estará sujeita ao destino das estátuas budistas do Afeganistão, demolidas pelo regime talibã.
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Don Feder é um escritor judeu, autor do livro “A Jewish Conservative Looks at Pagan America” (Um Judeu Conservador Observa os EUA Pagão). Traduzido e adaptado por Julio Severo: www.juliosevero.com.br
Fonte: http://www.wnd.com/news/article.asp?ARTICLE_ID=48731