No original grego, o termo usado para tentação é peirasmos, que ocorre vinte vezes no NT. A idéia fornecida por este vocábulo abrange uma ampla gama de significados, tais como: “teste”, “tentação”, “tentativa”, “provação”, “teste da fidelidade do homem”, “teste da virtude”, “tentação, despertada dos desejos ou das circunstâncias externas”, “estado mental pelo qual somos provocados para pecar”, “tentação interna para pecar”, dentre outros. Há vários tipos de tentações. Há as tentações (no sentido de “testes”, “provações”) que vêm de Deus, obviamente não para infundir qualquer tendência para o que pecaminoso (cf. Tg 1:13), mas ordenando coisas duras e desagradáveis para nossa natureza, como no caso de Abraão em relação ao oferecimento de Isaque. Também existem as tentações de origem satânica, tais como as induções mentais mentirosas incitando ao mal, à luxúria, à concupiscência, à vingança, ou sugestionando pensamentos duros e blasfemos de Deus, enchendo de dúvidas e medos. Há as tentações do mundo que surgem da pobreza ou da riqueza, das luxúrias, da sede de poder. E ainda, as tentações dos nossos próprios corações corruptos, em razão da natureza humana degenerada.
FONTE: Dicionário Teológico Brasileiro Lázaro Soares de Assis