PIADAS

Um dos argumentos dos que julgam não existir qualquer problema em se contar/ouvir piadas é o de que o riso é bom para a saúde, e elas nos proporcionam alegria. Há uma grande diferença entre riso e alegria. O riso poderá se transformar até numa gargalhada quando a piada é forte e bem bolada, mas o coração poderá continuar triste. Nem sempre os palhaços são pessoas felizes e alegres, apesar dos risos que provocam. A alegria está no coração, e devemos buscá-la no Senhor: “Não tenho maior alegria do que esta: a de ouvir que os meus filhos andam na verdade” (3 Jo 4). “O reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo”(Rm 14.17). Alegria maior é servir ao Senhor e andar segundo os seus estatutos (Sl 37.4). Maria declarou que a sua alma engrandecia ao Senhor, e seu espírito se alegrava em Deus seu Salvador (Lc 1.46-47).

A prática de piadas é incompatível com uma vida cristã e santa. A verdade é que as piadas não convêm aos santos. Às vezes surgem piadas envolvendo irmãos de outras denominações, envolvendo pastores e a Palavra Sagrada. Contudo, Deus recomenda santidade: “Sede santos, porque eu sou santo” (1 Pe 1.16). Paulo disse: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma”. (1 Co 6.12). As piadas estão mais ligadas às obras da carne do que às do espírito recriado (Gl 5.19). Eis a questão: dominar/refrear a natureza pecaminosa.

Não raro as piadas envolvem mexericos, zombaria, malícia, escárnio, desprezo pelo ser humano, e muita imoralidade, quando resvalam para o plano sexual. Não são recomendáveis para quem busca a santificação. Poderíamos imaginar Jesus chamando os apóstolos para uma seção de risos e piadas, para descontrair, após um dia de trabalho? Claro que não. Poderíamos imaginar uma sessão de piadas evangélicas após um culto de louvor e adoração a Deus? Não duvido de que isto esteja ocorrendo alhures! Ora, no que pudermos, devemos ser imitadores de Cristo: “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo” (1 Co 11.1).

A maioria das piadas é mentira, estórias inventadas. Quando surgem de um fato verídico, servem para ridicularizar as pessoas envolvidas. Ora, Deus não aprova a mentira: “Por isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros. Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, pata que dê graça aos que a ouvem” (Ef 4.25, 27, 29). As piadas nada acrescentam de bom à nossa vida espiritual.

E as piadas na televisão? Para quem gosta, os programas televisivos estão aí com muitas piadas para o deleite de muitos. É só ligar-se na telinha, aos domingos, dar gostosas gargalhadas, e descontrair-se. A carne agradece. Todavia, tal prática é contra a Palavra de Deus: “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite” (Sl 1.1-2). Ligar o televisor com esse fim é o mesmo que juntar-se com os escarnecedores, trazê-los para nossa casa, aplaudi-los e concordar com suas zombarias e obscenidades. Não devemos colocar coisas impuras diante de nossos olhos (Sl 101.3).

Alguns diriam: “Mas assim é difícil ser cristão”! Quem falou que é fácil? Vejam que Jesus falou em carregar cada um a sua cruz e seguir um caminho estreito, que leva a uma porta estreita; ensinou-nos a amar nossos inimigos e por eles orar. E disse que seríamos perseguidos e odiados por causa do Seu nome. É fácil?
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