Ossos do Ofício Pastoral – I

Com esse título, pretendo narrar casos acontecidos no meu trabalho pastoral. Esta narrativa só termina com o meu afastamento da missão, por aposentadoria ou morte. Há sempre fatos novos. Algumas situações são trágicas, comoventes; outras, jocosas até, inusitadas às vezes. Todas, porém, são reais.

Comecemos pelo caso mais recente. Hoje, dia 25.11.2008, a irmã em Cristo, Antonia, me telefonou para me lembrar do pedido que me fizera há alguns dias. Uma viúva, pobre e aidética, está em estado deplorável. Sua filhinha de pouco mais de um ano já morreu do mesmo mal. Ela precisa de agasalho e alimentos. Um pouco de alimento já conseguiu com vizinhos, também pobres. Perguntou se eu poderia conseguir duas redes.

Como dizer não? A irmã Antonia reside no povoado de Tupuiú, no município de Aquiraz, Ceará, a 25 km da Capital, onde moro. Foi lá que construí o primeiro templo.

Este é apenas um caso da espécie. Deus me colocou em meio a uma comunidade muito pobre. Eu e minha esposa já enfrentamos muitas lutas e vimos muita miséria. São os ossos do ofício que abracei com alegria e amor. Agradeço a Deus por ter-me dado a oportunidade de fazer algo em favor dos seus pequeninos.

“Em verdade vos digo que, quando fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mt 25.40).

25.11.2008

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