CONSULTA
Graça e paz! Pastor Airton, gostaria que o senhor comentasse a morte do Papa João Paulo. Para nós cristãos biblicamente falando existe um grande significado a morte dele e o seu sucessor, no meu ponto de vista o novo papa e o seu reinado significa o surgimento do futuro próximo do anticristo e a imagem da besta, juntamente com a influência política que a igreja católica tem, creio que tão logo as coisas irão ficar muito difíceis para nós cristãos. O senhor concorda? Qual a sua opinião? Gostaria que o senhor falasse um pouco a respeito. Que Deus abençoe a sua vida, desde já agradeço a sua atenção.
RESPOSTA
Tenho dificuldade em ver na pessoa do próximo Papa algo ligado ao anticristo. Se voltarmos na história, verificaremos que muitas figuras, e até outros papas, foram vinculados ao anticristo. Não resta dúvida de que o fim de todas as coisas se aproxima e que o mundo está a cada dia mais em trevas; a cada dia, mês, ano o reinado do anticristo se torna mais próximo. Mas, por outro lado, também se aproxima o dia da vinda do Senhor Jesus. Por isso, assim como não sabemos quando virá o Senhor, também não sabemos quando virá o anticristo. Pode acontecer amanhã ou dentro de mil anos. A operação do erro já está entre nós, e o anticristo ainda não se manifestou porque a Igreja está presente. Ultimamente têm aparecido alguns estudos sobre o anticristo, apresentando-o como algo assustador e iminente. Ora, que é assustador nós sabemos, mas a igreja não passará pela Grande Tribulação, creio. Alguns acreditam (pós-tribulacionistas) que sofreremos os horrores desse período. Agora, se está às portas, ou quando virá não sabemos. Tudo já está delineado na mente de Deus. Os tempos do fim virão no tempo de Deus. Enquanto isso, aproveitemos o tempo que resta para pregar o Evangelho da libertação. Se há dificuldades à vista para a Igreja? A Igreja é sofredora e vem sofrendo há dois mil anos. Dificuldade sempre terá. Já esquecemos a Inquisição? E as perseguições em várias partes do mundo?
“E esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1 Ts 1.10).
“A grande esperança dos crentes tessalonicenses era a vinda de Cristo, que os livraria “da ira futura”. A genuína conversão a Cristo, segundo o NT, abrange (a) desviar-se do pecado, e (b) voltar-se para Deus a fim de aguardar a volta do seu Filho. Esperar a volta de Cristo envolve uma expectativa contínua estado de prontidão. A ira futura refere-se à ira e juízo divinos que serão derramados sobre o mundo durante o período da tribulação. Os crentes, porém, não precisam temê-la, porque Deus enviará Jesus para nos livrar daquele tempo de ira. É fato claro que a volta de Cristo antecede essa ira (ver Ap 3.10) (Bíblia de Estudo Pentecostal).
Nossa expectativa não deve ser quanto ao surgimento do anticristo, mas quanto ao retorno do Senhor.
Pastor Airton Evangelista da Costa
NOTA (26-02-2013) – A consulta foi formulada há alguns anos, mas é recorrente. A cada novo papa eleito, surgem as especulações, não raro acompanhadas de certo temor. Temores e especulações infundados. Por acaso, o anticristo destruirá a Igreja, contra a qual as portas do inferno não prevalecerão? O anticristo passará por cima do Espírito Santo que está na Igreja, guardião da Igreja? Ficaríamos à mercê do “filho da perdição”, do “homem feroz de cara”?