Mediunidade e Loucura

Mediunidade é o dom de se comunicar com as almas. O médium é o intermediário entre os vivos e as almas dos mortos. É aquele que se dispõe a receber em seu corpo espíritos desencarnados. Tudo isso segundo a doutrina espírita.

A palavra oficial do kardecismo é a seguinte:

“Toda pessoa que sente num grau qualquer a influência dos Espíritos é, por isso mesmo, médium. Essa faculdade é inerente às pessoas e conseqüentemente não constitui privilégio exclusivo de ninguém; por isso mesmo, poucas são as pessoas que não possuem algum rudimento dela. Podemos dizer, portanto, que todas as pessoas são, mais ou menos médiuns” (Livro dos Médiuns, Cap. 14, item 159).

A loucura ou esquizofrenia é uma doença mental grave. Não desejo entrar na ciência da psicopatia para fazer distinção entre uma e outra coisa. Importa examinar por que a mediunidade pode causar distúrbios mentais. Allan Kardec responde às seguintes questões (Cap. 18, itens 3 e 5 do Livro dos Médiuns):

O exercício da mediunidade pode ter inconvenientes do ponto de vista da saúde, abstração feita do abuso?

“Há casos em que é prudente, e mesmo necessário, abster-se ou pelo menos moderar o seu exercício; isso depende dos estados físico e moral do médium. Aliás, o médium geralmente percebe, e, quando se sente fatigado, deve abster-se dela.”

A mediunidade poderia produzir a loucura?

“Não mais do que qualquer outra atividade quando não há predisposição pela fraqueza do cérebro. A mediunidade não produzirá a loucura quando o princípio não existe; mas, se o princípio existe, o que é fácil de se reconhecer no estado moral, o bom senso diz que é preciso usar a cautela sob todos os aspectos; qualquer causa de agitação pode ser prejudicial”. Allan Kardec afirma que a prática da mediunidade é muito perigosa às crianças. Vejam:
“Certamente e sustento mesmo que é muito perigoso, pois que esses organismos débeis e delicados sofreriam por essa forma grandes abalos, e as respectivas imaginações excessiva sobreexcitação. Assim, os pais prudentes devem afastá-las dessas idéias, ou, quando nada, não lhes falar do assunto, senão do ponto de vista das conseqüências morais.” (Livro dos Médiuns, cap. 18, item 221, pergunta n. 6). Leiam: “muito perigoso”.
Pelo que entendi, Kardec declara que a loucura poderá ocorrer, se o médium já for predisposto a ela. Como saber se uma pessoa é predisposta à loucura? Diz ele que qualquer outra atividade pode causar distúrbios mentais, se aquele princípio existir. Entendo que faltou clareza na última resposta. O objetivo maior deste estudo é encontrar a verdade sobre: o exercício da mediunidade pode causar graves distúrbios mentais? Segundo Kardec, a prática mediúnica só causará danos se o médium sofrer de fraqueza cerebral. Perguntamos: os centros espíritas fazem uma prévia avaliação de seus filiados para saberem se possuem condições de exercer a mediunidade? Eu respondo: Não fazem.

Ricardo Magalhães, que militou no Espiritismo por vinte anos, dá uma explicação mais objetiva. Ele fala com a autoridade de quem exerceu a mediunidade.

“[A mediunidade é] algo visto pelos espíritas como mais negativo é justamente o fato de desenvolver e abandonar o trabalho, visto que a possibilidade de tornar-se um esquizofrênico entre outros, é gigantesca. Para mim, dentre tantos, o que há de mais negativo é o laço que você faz com estes espíritos. Para quebrar isto, é muita luta. E eles não desistem fácil, se é que algum dia desistem”.

“Fica claro na Bíblia Sagrada que o homem pode sim ficar louco pela opressão espiritual, independente se é na “completa ignorância” ou na “ignorância mascarada”, mas mostra que o único que pode realmente libertar é Jesus Cristo, ou aquele que vem em sEu nome, para a completa Glória de Deus e não dos homens ou espíritos. De resto, temos pessoas atormentadas por demônios na ignorância ou escravos de espíritos que se dizem irmãos superiores ou que reconheceram que tem que trabalhar, fazendo que ao invés de serem libertos, continuem cativos, mas agora com um motivo: ajudar outros espíritos a passearem por seus corpos ou dominarem outros também com outro motivo”.

“Portanto, a aqueles que um dia resolveram desenvolver a mediunidade, saibam que estão simplesmente dando toda a abertura que um capeta [demônio] precisa em sua vida. Se fizer parte de uma prática espiritualista como a Umbanda, por exemplo, saiba que se largar de ser o “cavalo”, vai apanhar bastante por estes; se for de uma prática espiritualista como o espiritismo, saiba que será atormentado, e eles explicarão a você, que é “moralmente evoluído”, que esta é sua única”.

Entendo que o ex-médium disse, em síntese, o seguinte: ao serem possuídos por demônios, e não por espíritos desencarnados, os médiuns se tornam escravos das forças malignas. Quando resolvem fechar essa entrada, isto é, o seu corpo, sofrem terrivelmente. O Espiritismo diz que as pessoas nesse estado de loucura mediúnica estão “obsediadas”, sinônimo de molestadas. Usam também os termos “obsidiados”, “subjugados” e “fascinados” para os diversos graus de obsessão. Os cristãos chamam essas anomalias de “possessão demoníaca”. O Espiritismo reconhece essa subjugação espiritual como “um dos maiores escolhos da mediunidade e também um dos mais freqüentes”. (Livro dos Médiuns, cap. 23, item 242). Leiam: “um dos mais freqüentes”.

A “obsessão” na doutrina espírita:

“Entre os escolhos que apresenta a prática do Espiritismo, cumpre se coloque na primeira linha a obsessão, isto é, o domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Nunca é praticada senão pelos Espíritos inferiores, que procuram dominar” (Livro dos Médiuns, cap. 23, item 237).

Os conselhos e demais instruções do kardecismo:

A subjugação corporal, levada a certo grau, poderá ter como conseqüência a loucura?

“Pode, a uma espécie de loucura cuja causa o mundo desconhece, mas que não tem relação alguma com a loucura ordinária. Entre os que são tidos por loucos, muitos há que apenas são subjugados; precisariam de um tratamento moral, enquanto que com os tratamentos corporais os tornamos verdadeiros loucos. Quando os médicos conhecerem bem o Espiritismo, saberão fazer essa distinção e curarão mais doentes do que com as duchas.” (Livro dos Médiuns, cap. 23, pergunta número 6).

Que se deve pensar dos que, vendo um perigo qualquer no Espiritismo, julgam que o meio de preveni-lo seria proibir as comunicações espíritas?

“… O meio de se lhe prevenirem os inconvenientes consiste, ao contrário, em torná-la conhecida a fundo”.
O ex-médium espírita Ricardo Magalhães conhecia a fundo a doutrina das comunicações espíritas e não conseguiu libertação. Eis o que diz:

“O único que pode realmente libertar é Jesus Cristo, ou aquele que vem em sEu nome, para a completa Glória de Deus e não dos homens ou espíritos. De resto, temos pessoas atormentadas por demônios na ignorância ou escravos de espíritos que se dizem irmãos superiores ou que reconheceram que tem que trabalhar… A Bíblia diz que devemos vigiar sim, entregar nosso corpo para ser templo do Espírito Santo, e só. É viver da plenitude de Deus, cheio de Deus. Não diz que Jesus veio para fazer dos presos cativos! Ou seria fazer dos cativos, presos? Mas veio para libertar”. O artigo “Loucura – Mediunidade X Cristianismo”, de Ricardo Magalhães, pode ser lido na íntegra em:
Loucura – Mediunidade X Cristianismo

A entrevista do ex-espírita Ricardo Magalhães, concedida ao pastor Airton Evangelista da Costa, e gravada em vídeo, está nos seguintes endereços:
http://br.youtube.com/watch?v=Dw7ZmThHZf0
http://br.youtube.com/watch?v=Gjh4cwqI1AY

Resultado de pesquisa:

(1)
“Nos casos obsessivos mais graves, incorre-se em alto risco quando se põe o paciente no exercício da mediunidade. A relação mediúnica com o obsessor aumenta seu campo de ação psíquica, alargando canais e facilitando o agravamento da obsessão e das fixações impostas pela entidade maléfica, podendo levar o enfermo à loucura”.
Fonte: http://www.novavoz.org.br/ent08-03.htm

(2)
“Na minha prática clínica, em meu consultório, é comum os pacientes entrarem em transe mediúnico (estado alterado de consciência) após a indução ao relaxamento profundo e pela ação dos espíritos de elevada (ou de pouca) evolução. É por isso que na entrevista inicial de avaliação (anamnese), fico atento às queixas de dores e doenças relatados por eles, cujas causas, apesar de se submeterem a todos os exames médicos, não foram encontradas. Essas queixas e doenças podem ser um indicador de que alguns pacientes têm uma mediunidade “aberta”.
Observei ainda o seguinte quadro clínico frequentemente apresentado por eles:

Dores pelo corpo que se manifestam ora em um lugar, ora em outro;frio nas extremidades das mãos e dos pés; Sintomas de doenças; queda de pressão, falta de ar, arrepios; dor na nuca, enjôo e cabeça pesada; calafrios no corpo todo, chegando a apresentar febre; instabilidade emocional, que vai da euforia, agitação, ansiedade, instabilidade e nervosismo à depressão sem causa aparente, bem como choro fácil; pensamentos negativos, pessimismo.
Fonte:http://www.portalangels.com/vidas_passadas21.htm

(3)
“Não há duvida que o espiritismo pode levar uma pessoa à loucura. O constante contato que os espíritas têm com coisas estranhas, que fogem ao senso comum, podem facilmente desequilibrar uma pessoa mentalmente sã, ou agravar a insanidade de pessoas já desequilibradas”.

“Com relação a estudos ou fontes sobre o assunto, o Frei Boaventura Kloppenburg (OFM) trata um pouco sobre o assunto em sua obra “Espiritismo: orientação para católicos”. Transcrevo abaixo parte do texto do Frei Kloppenburg sobre o tema, que ele introduz logo após apresentar os argumentos bíblicos contra a evocação de espíritos (necromancia)”:

“Uma análise sistemática da ampla documentação por mim recolhida pode ser resumida nos seguintes pontos”:
1) Existe impressionante unanimidade entre psiquiatrias, professores de psiquiatria, diretores de hospícios etc., em denunciar a prática da devoção dos espíritos como nociva, prejudicial, desaconselhável, perigosa, perniciosissima, etc.
2) Há também unanimidade moral em ver na prática do espiritismo um poderoso fator de loucuras. Neste sentido os depoimentos são realmente notáveis:
– maior fator produtor de insanos (F. Franco);
– grande fator de perturbações mentais e nervosas (H. de Melo);
– uma das causas predisponentes mais comuns da loucura (A. Austregésilo);
– uma verdadeira fábrica de loucos (H. Roxo, J. Moreira, M. º de Almeida);
– um agente provocador de delírios perigosíssimos (H. Roxo).
– práticas espíritas avolumam proeminentemente a população dos manicômios (J. Dutra);
– grande o numero de doentes, procedentes dos centros espíritas, que vão bater a porta do Hospício Nacional de Alienados (J. Moreira);
– entre os dementes que diariamente dão entrada no hospício, a maioria vem dos centros espíritas (H. Roxo, M. O de Almeida);
– os hospitais de psicopatas estão repletos desses casos (Porto Carrero).

3) Mas não há unanimidade na questão se a prática do espiritismo apenas desencadeia distúrbios mentais já latentes e em indivíduos predispostos à loucura, ou se também deve ser considerada como fator que por si só é capaz de provocar reações psicopatológicas em indivíduos perfeitamente sãos. Nem todos se pronunciaram sobre a questão. Mas todos concordam em dizer que a sessão espírita é a melhor oportunidade para desencadear enfermidades mentais latentes. Em favor da tese que afirma que o exercício da mediunidade não age apenas desfavoravelmente sobre os predispostos, mas também sobre os sãos, não somente desencadeando, mas também preparando loucuras, temos os seguintes pronunciamentos:

– J. Leme Lopez sustenta que “a freqüência às sessões espíritas se encontra amiúde entre os fatores predisponentes e desencadeantes das psicoses e das reações psicopatológicas” e que “o exercício das faculdades mediúnicas prepara, facilita e faz explodir alguns quadros mentais”.
– Franco da Rocha endossa as observações de Charcot, Forel, Vigoroux, Henneberg e outros, que publicaram exemplos de pessoas, sobretudo moças, anteriormente sãs, que se tornaram histéreo-epilépticas, em conseqüência de terem tomado parte nas cenas da evocação dos espíritos;
– Juliano Moreira confessa que viu “casos de perturbações nervosas e mentais evidentemente despertadas por sessões espíritas”,
– J. Dutra pensa que as práticas espíritas exageradas “preparam a loucura”;
– A. Austregésilo declara que o espiritismo é “uma das causas predisponentes mais comuns da loucura”;
– Xavier de Oliveira garante que dos casos por ele estudados no Pavilhão de Assistência a Psicopatas, 1.723 pessoas enlouqueceram “só exclusivamente pelo espiritismo”.
Fonte:
http://www.montfort.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apologetica&artigo=
20060117160504&lang=bra

Um exemplo bíblico de possessão

Na província dos gadarenos, Jesus libertou dois homens endemoninhados, que apresentavam sinais de loucura: “tão ferozes eram que ninguém podia passar por aquele caminho”. Jesus permitiu que os demônios entrassem numa manada de porcos. A ocorrência está descrita nos evangelhos de Mateus (8.28-33), Marcos (5.1-20) e Lucas (8.26-39).

Allan Kardec fez o seguinte comentário sobre o assunto: “O fato de serem alguns maus espíritos enviados aos corpos de porcos é contrário a toda probabilidade… Um Espírito mau não deixa de ser um Espírito humano ainda bastante imperfeito para praticar o mal após a morte, tal como o fazia antes; é contra as leis da natureza, que ele [Espírito humano] possa animar o corpo de um animal; devemos, pois, reconhecer nesse pretenso fato, uma dessas amplificações comuns nos tempos da ignorância e superstições ou talvez uma alegoria para caracterizar as inclinações imundas de certos Espíritos” (A Gênese, Allan Kardec, cap. XV, item 34).

Em síntese, o autor diz que o fato não aconteceu, ou seja, Jesus não permitiu que os espíritos fossem para os animais. Os três evangelistas teriam contado algo que não aconteceu. Jesus estava muitíssimo acima desses “tempos da ignorância”. Com que autoridade o kardecismo pode dizer o que é verdade e o que é mentira na Bíblia? A verdade está com a Bíblia, escrita sob inspiração divina, ou com os livros escritos com ajuda dos espíritos?

Os dois homens não estavam possuídos por maus espíritos humanos, como quer o Espiritismo. Estavam possuídos por espíritos malignos, assim chamados os anjos decaídos ou demônios, comandados por Satanás. Os próprios demônios, conscientes de suas desgraças, rogaram a Jesus que os enviasse à manada de porcos. Não eram espíritos humanos. Jesus sabia o que estava fazendo. O Espiritismo diz que um espírito humano não pode entrar em animais. Se fossem espíritos desencarnados, Jesus aproveitaria a ocasião para doutriná-los: “Meus amados José e Lucas. Por que vocês estão fazendo isso com esses homens? Vocês precisam expungir suas culpas em novas reencarnações. Saiam deles agora e não voltem mais. Da próxima vez, quero encontrá-los regenerados. Vamos deixar de travessuras. Vocês estão precisando de uns bons puxões de orelhas. Cuidem de voltar à Terra para serem aperfeiçoados. Ouviram, meninos?”.

As palavras do próprio Espiritismo, as confissões de um ex-espírita e as afirmações de vários psiquiatras não deixam dúvida de que a prática da mediunidade pode levar à insanidade mental.

31.03.2008
www.palavradaverdade.org
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