Jesus foi CRUCIFICADO ou ESTACADO?

Fonte: http://www.cacp.org.br/cruz-ou-estaca/
(Lc 23.21)
Grego – oi de epephonoun legontes, staurou, staurou auton oi de epephonoun legontes,
staurou, staurou auton
TNM – Começaram então a berrar,
dizendo: “Para a estaca! Para a estaca com ele!”
BÍBLIA SAGRADA – Mas eles clamavam em contrário, dizendo: Crucifica-o crucifica-o.
A palavra grega traduzida por “cruz é staurov” (stauros) e o verbo é staurovw
(stauroo). Na literatura grega clássica stauros significa: “empalação, enforcamento,
estrangulamento”, além de “estaca”. Era também um instrumento de suplício: uma
viga colocada nos ombros do réu. Não existe uma definição única para o termo,
como ensina a STV. A palavra stauros por si não diz a técnica nem a forma
exatas da execução. Para saber com mais exatidão sobre essa execução é
necessário de antemão saber em que região, em que época e sob que autoridade
foi executada a sentença, além de conhecer o ponto de vista do escritor que
emprega o referido vocábulo.
No Velho Testamento o termo “estaca” aparece em Êx 35.18; 38.31; Nm 3.37; 4.32; Jz
4.21-22; 5.26; Is 33.20; 54.2; Ez 15.3; Zc 10.4, e em nenhuma delas a
Septuaginta traduziu por stauros. O verbo stauroo aparece só uma vez no Velho
Testamento, em Et 7.9-10, e é traduzido por “enforcar”. A STV não tem
autoridade para dogmatizar sobre ser stauros apenas “estaca”. Não existe apoio
bíblico nem histórico para o ensino da Torre de Vigia.
Stauros podia ser uma viga transversal apenas ou uma estaca, ou ainda os dois juntos.
Stauros como “estaca” é apenas uma possibilidade, e não uma afirmação, e isso
sem considerar tempo, lugar e governo.=
A pena de morte pela cruz era uma prática conhecida na Grécia, mas os romanos
trouxeram tal prática dos cartagineses. Só os romanos usaram a cruz como pena
capital, e tal prática foi abolida por Constantino, na primeira metade do
século IV, na sua reforma social e política. Nos dias de Cristo existiam três
tipos de cruz, a saber: cruz de Santo André, do formato de um “X”; cruz
comissa, ou de Santo Antonio, da forma de um “T”, e a cruz ímmíssa. Pela
inscrição posta sobre a cabeça de Jesus, JESUS NAZARENO REI DOS JUDEUS, podendo ser lida à distância, em três línguas (hebraica, grega e latina) Lc 23.38; Jo
19.19 e 20, fica mais claro que o sol do meio dia que Jesus foi crucificado na
crux ímmissa.
Ninguém escreveu com detalhes a crucificação de Jesus, mas a evidência do Novo
Testamento, os escritos da patrística e o testemunho da história atestam a cruz
como pena capital no império romano, sendo o próprio Cristo executado conforme
o sistema da época.
Foi encontrado em 1968, numa região de Jerusalém, um ossuário que continha ossos de um jovem que fora crucificado no primeiro século do cristianismo. Um prego
tinha sido posto em cada antebraço, atravessando-os, e outro atravessando os
dois calcanhares, com as duas pernas quebradas, como as pernas dos dois
malfeitores que foram crucificados ao lado do Senhor Jesus, mencionados em João
19.32.
Desde o surgimento do cristianismo, sempre foi apregoada entre as nações a
crucificação de Cristo. O argumento de que Cristo foi estacado e de que a cruz
é um símbolo do paganismo é improcedente e inconsistente. A STV não apresenta
nenhuma prova bíblica e nenhum argumento sólido e convincente. Não é
simplesmente pelo fato de stauros ter também o sentido de “estaca” que a STV
vai demolir um patrimônio histórico de quase 2.000 anos, para dar lugar à sua
tese. Substituir a cruz de Cristo pela estaca de tortura da TNM é um processo
arbitrário, imposto pela organização, e um escárnio para tirar o mérito do
Senhor Jesus Cristo, como aquele que padeceu de braços abertos para nos salvar
e nos libertar das garras de Satanás.
A STV mudou a cruz pela “estaca de tortura” a partir de 1930. Você pode ver a
cruz nas obras da organização dos anos 20 e 30. Veja o livro Milhões Que Agora
Vivem Jamais Morrerão, p. 95, publicado, em português, em 1923; o livro Vida,
p. 230, 1929; Criação, p. 225, 1927, todos publicados por Rutherford (Influente
líder entre as TJ). Até 1930, um dos símbolos da organização era a cruz dentro
de uma coroa (símbolo da maçonaria e do ocultismo).
A TNM traduz por “estaca, estaca de tortura” onde quer que a palavra grega
stauros apareça. Entretanto, em Jo 20.25, na própria TNM, diz: “A menos que
eu veja nas suas mãos o sinal dos pregos e ponha o meu dedo no sinal dos pregos”.
Veja a gravura da p. 170, do livro Conhecimento Que Conduz à Vida Eterna, p.
67, o leitor verá que a STV precisa inventar outra gravura, acrescentando mais
um prego nas mãos de Jesus.
São contradições que incomodam o Corpo Governante, que deixam as Testemunhas de Jeová em situação desconfortável. Quanto mais procuram falsificar as
Escrituras, mais ficam expostas suas contradições. A TNM não se reveste de
autoridade, Os cristãos devem rejeitá-la.
(Extraído da Revista Defesa da Fé, número 12)

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