Dilma, a Corrupção e as Vozes das Ruas

“PORQUE o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1 Tm 6.10).

Dilma deu a senha para o combate à corrupção: faxina. O povo aplaudiu. A presidenta não pode mais recuar. A pergunta que todos fazem é se terá cacife para suportar as pressões.
Os corruptos não estão em nada satisfeitos com o embrionário movimento contra a corrupção. Por óbvias razões. Para eles, seria melhor ficar como estava. A norma prevalecente era a de que os suspeitos não deveriam se afastar de seus cargos. Continuariam recebendo os altos salários e desfrutando das benesses do poder até o julgamento final, em última instância, depois de muitos e muitos anos.
A maioria dos políticos não fala com entusiasmo no atual movimento contra a roubalheira. O povo também deseja derrubar o vergonhoso “voto secreto”, ferramenta valiosa para manter viva a impunidade.
Os ventos do Oriente acenderam a chama do protesto popular? É possível que sim, e que impulsionem nossa gente a soltar a voz nas ruas. Os políticos tremem diante dessa possibilidade. Sentem um friozinho na barriga ao verem os “caras pintadas” nas ruas.
As falcatruas divulgadas pela mídia, fotografadas, filmadas e comprovadas são apenas a ponta do iceberg. De 40 a 70 bilhõe$/ano escorrem pelo ralo da corrupção.
Iremos afinal ouvir “de um povo heróico o brado retumbante” contra a corrupção, contra o voto secreto, contra a vergonhosa mordomia dos congressistas, a lentidão da Justiça, o caos da Saúde, da Educação e da Segurança? Ou iremos viver “deitados eternamente em berço esplêndido”? Ou o Brasil poderá esperar “que um filho teu não foge à luta”?
21.09.2011

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