Dificuldades da Bíblia Israelita

Pr. Airton Evangelista da Costa
A Bíblia Israelita (BI), por suas impropriedades, incongruências e omissões, não é recomendável para os cristãos. Em pouco tempo de análise, encontrei nela alguns senões relacionados com os textos que falam da divindade de JESUS. A eternidade do Filho é negada na BI, e em consequência a Sua divindade. Para que isso ocorra, a BI muda palavras e omite versículos. Vejamos.
Gênesis 1.1
Bíblia Israelita – “Em [um] princípio, o Eterno criou os céus e a terra”.
Bíblia Almeida Corrigida Fiel (ACF) – “No princípio, criou Deus os céus e a terra”.
Observações – O artigo indefinido “um” entre colchetes ([ ]) na BI é indicativo de que esse artigo não existia nos originais. A BI e seus seguidores defendem que “o princípio” (antes de todas as coisas criadas) se dividiu em dois. No segundo princípio, o Eterno Pai teria gerado o Filho.
João 1.1
BI – “No princípio existia a palavra, e a palavra estava com o Eterno, e a palavra era divina”.
ACF – “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”.
Observações – Aqui a BI não usou o mesmo critério usado em Gn 1.1, quanto ao “princípio”. Por coerência, deveria ser: “Em [um] princípio existia a palavra…”. Mudou por quê? Substituíram a afirmação de que “O Verbo era Deus”, por “a palavra era divina”. A Tradução do Novo Mundo das Testemunhas de Jeová (TNM), que também nega a divindade do Verbo, registra: “e o Verbo era [um] deus”. Há uma igualdade de procedimento entre as duas versões, a BI e a TNM: 1) no uso de inserir palavras via colchetes; e 2) no uso de palavras minúsculas para denegrir a Pessoa de Jesus.
João 20.28
BI – “Tomé exclamou: Adonai, e o Eterno meu”.
ACF – “E Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!”.
Observações – Pela fé, Tomé declara que Jesus é Deus, ou, como deseja a BI, que é Eterno. Impossível ser mais claro. Por sua objetividade, o texto não pôde ser alterado pelos tradutores da BI. Nota-se uma desconformidade de critério. Em João 1.1, a BI substitui “e o Verbo era Deus”, por “e a palavra era divina”. Em João 20.28, substitui “Deus meu”, por “o Eterno meu”. Por coerência, deveriam registrar assim: “Divino meu”. Note-se que Jesus aceitou a declaração de Tomé, e até a ratificou ao dizer: ”Bem-aventurados os que não viram e creram” (v.29). Lembremo-nos de que BI declara que foi “o Eterno que criou os céus e a terra” (Gn 1.1). Logo, em João 20.28, o Filho, “o Eterno meu” é chamado de Criador.
Atos 5.3-4
BI – “… mentisses ao Ruach do Santo… não mentiste aos homens, mas o Eterno”. Aqui há um erro de português. Deveria ser “mas ao Eterno”.
ACF – “… para que mentisses ao Espírito Santo… Não mentiste aos homens, mas a Deus”.
Observações – Nessa passagem a Palavra diz que tanto faz mentir ao Espírito Santo, quanto a Deus. Esta é uma declaração da divindade do Espírito, negada pelos escritores da BI.
Mateus 28.19-20
BI – “Vão e façam talmidim entre as pessoas de todas as nações, em meu nome… ensinando-lhes a guardar todas as coisas, para sempre”.
ADF – “Ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo… e eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”.
Observações – A BI não registra a obrigatoriedade do batismo, como determinou Jesus. Também omite a promessa de Jesus de estar sempre com a Igreja, uma declaração de sua onipresença, um dos atributos do Eterno.
Marcos 16
A BI omite os versículos 9 a 20 do capítulo 16 do evangelho de Marcos, onde fala da ressurreição de Jesus, a ordem para batizar e a Sua ascensão.
Essa pequena amostra nos dá a convicção de que a Bíblia Israelita é tendenciosa e não serve como “Escritura divinamente inspirada”.

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