Como nasce uma heresia – III

COMO NASCE UMA HERESIA – III
– O melungido –

Espero que os exemplos apresentados nesta série de artigos sirvam para alertar o povo de Deus contra a introdução de elementos estranhos ao Evangelho. Tais elementos surgem ou pelo lançamento amuletos, os quais, dizem, possuem o poder de gerar prosperidade e neutralizar forças malignas, ou por palavras proféticas, como por exemplo: “Jesus voltará no ano de 2007, num sábado”. Além disso, a “confissão positiva”, importada dos Estados Unidos via Kenneth Hagin e outros, tem encontrado guarida em alguns grupos.
No momento, me ocupo em imaginar como surgem as heresias via lançamento de produtos na praça. São tantos que já perdi a conta. A maioria caiu de moda, virou ferro velho, perdeu o poder ou a unção. Como ocorre na economia de mercado, a demanda exige novos lançamentos para que a chama da fé continue acesa. Fico a imaginar a pequenez dessa fé.

Sobre a “barbunção”, meu último lançamento, conforme “Como nasce uma Heresia – II”, um irmão me escreveu:

“Li a sua matéria e achei interessante…as pessoas facilmente se deixam levar. Sobre a unção da barba, conheço irmão de determinado ministério que diz não ter unção um presbítero sem bigode”. Diz também que nesse mesmo ministério ensinam haver certa relação de causa e efeito entre pessoas sem barba e a queda de Adão e Eva.
Vejam que a ficção e a realidade estão muito próximas. É possível que a heresia do jumentinho – cuja figura continua aparecendo nesta série como símbolo de heresia – também já tenha sido lançada. É possível que a de hoje, o “melungido”, esteja no mercado, em algum lugar. Tudo é possível ao homem sem conhecimento da Palavra. Respondi ao dito irmão que chá de capim queimado poderá se transformar numa heresia de sucesso, desde que haja um bom trabalho de convencimento.

Alguém poderia perguntar: “Mas que fazer quando houver um grande número de objetos? Já temos o jumentinho e o broche com a barbicha estilizada. Onde colocar tanta coisa?” Não se preocupem. Logo mais lançarei a “Arca da Prosperidade”, onde serão entesourados todos os objetos ungidos. Todavia, hoje pretendo falar sobre as propriedades espirituais do mel. Leiam: “Entre os que de mulher têm nascido, não apareceu ninguém maior do que João o Batista”, disse Jesus (Mt 11.11). E sabe qual era o principal alimento dele? Mel silvestre. Está na Bíblia (Mt 3.4). A Canaã prometida foi a terra da prosperidade porque lá manava leite e mel (Êx 3.8). Mel proporciona saúde, saúde é sinônimo de vida próspera. Ouça o que Deus diz: “Come mel, meu filho, porque é bom; o favo de mel é doce ao teu paladar” (Pv 24.13).

Para o cumprimento dessa palavra, importamos uma tonelada de mel do deserto por onde passou o povo de Deus, sob a liderança de Moisés. Mel puro, mel ungido. Quer ser próspero? Participe da campanha “melungido”. Durante sete sextas-feiras, faremos distribuição de pequena porção de mel aos fiéis. Ao toque da trombeta, todos, de uma só vez, sorverão o mel da prosperidade. A distribuição será gratuita, porém sem sacrifício não há bênçãos. A cada semana, antes de tomar o “melungido”, cada fiel, aquele que realmente crê na providência divina, deverá dar uma oferta de amor à Igreja. Mel sem sacrifício é como o ramo que não dá fruto: só serve para ser lançado fora e ser queimado.
Venha participar dessa grande demonstração de fé. As qualidades terapêuticas do mel são indiscutíveis. E, como vimos, irrefutável seu valor espiritual. O nosso mel é de origem floral, processado pelas abelhas a partir do néctar das flores. O seu valor espiritual é garantido porque todo o estoque foi ungido. Mel sem unção é mel comum. Venha tomar o “melungido” e seja um vencedor. A bênção começará a surgir somente ao fim das sete sextas-feiras. É necessário cumprir as sete semanas para não quebrar a corrente espiritual.
(29.03.2004).

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