As Testemunhas de Jeová: Festas de Aniversário

Fonte: As Testemunhas de Jeová- Refutadas versículo por versículo, de David A. Reed, Tradução de Marcelus Virgílius Oliveira e Valéria Oliveira. Os comentários entre colchetes são do pastor Airton Evangelista da Costa.

“Ao terceiro dia, o dia natalício de Faraó, que este deu um banquete a todos os seus servos…. Mas ao padeiro mor enforcou…” (Gn 40.20-22).

A Sociedade Torre de Vigia proibiu a celebração de aniversários entre seus membros, usando Gênesis 40.20 22 como um ponto ¬chave de sua “base bíblica” para esta determinação. Sua idéia é que a palavra aniversário aparece na Bíblia apenas em referência a Faraó do Egito (como mencionado acima) e ao rei Herodes da Galiléia (Mat. 14:6 e Mar. 6:21). Ambos eram pagãos e decretaram a morte de alguém em conexão com as celebrações. Já que nenhum homem de fé foi mencionado na Bíblia como tendo celebrado seu aniversário, mas apenas homens iníquos, as testemunhas de Jeová dos nossos dias não devem ter permissão para celebrar aniver¬sários esta é a argumentação usada pela Torre de Vigia.

Vale a pena notar que, como em outros ensinamentos, não se deixa que uma testemunha de Jeová leia individualmente a Bíblia e chegue a esta conclusão. Ao invés disso, a liderança da seita promulga esta interpretação oficial e usa procedimentos discipli¬nares para impor essa política a todas as testemunhas de Jeová. Por exemplo, um ancião das Testemunhas de Jeová de nosso relacionamento em Massachusetts, Estados Unidos, decidiu enviar um cartão de aniversário ao seu filho (que não era testemunha de Jeová), mas a sua esposa relatou o fato aos anciãos locais. Eles, então, o intimaram a comparecer perante um Comitê Judicial a portas fechadas e o submeteram a julgamento por sua ofensa. Este senhor, de 70 anos de idade, os desafiou a mostrarem lhe um versículo bíblico que proibisse o envio de cartões de aniversário. Mas o Comitê prosseguiu com o julgamento e o desassociou base¬ando se nas leis da Sociedade Torre de Vigia. Agora, os seus parentes que são testemunhas de Jeová se recusam a recebê lo em suas casas e as testemunhas de Jeová que o encontram na rua se desviam dele, sem nem mesmo cumprimentá lo. [Uma das características das seitas é afirmar que suas próprias leis possuem autoridade igual à da Bíblia].

Ao refutar a assim chamada base bíblica das Testemunhas de Jeová para proibir a celebração de aniversários, você pode destacar que Faraó e o rei Herodes eram juízes arbitrários e homens violentos; tais monarcas eram acostumados a executar as pessoas em qualquer ocasião e não apenas durante a celebração de seus aniversários. Além disso, uma pessoa que envia um cartão de aniversário, ou pais que fazem um bolo com velas para uma festa infantil dificilmente podem ser acusados de seguir o exemplo daqueles homens assassinos.

Embora a expressão aniversário natalício, propriamente dita, apareça apenas em conexão com Faraó e Herodes na maioria das traduções, a Bíblia contém referência a tais celebrações em famílias devotas a Deus:
Em Jó 1:4, se diz do patriarca da família: “E seus filhos foram e realizaram um banquete na casa de cada um deles no seu próprio dia; e mandavam convidar as suas três irmãs para comerem e bebe¬rem com eles” (Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagra¬das, grifo acrescentado). Este “seu próprio dia” refere se ao aniversário de cada um, o que se torna claro quando lemos mais adiante: “Foi depois disso que Jó abriu a boca e começou a invocar o mal sobre o seu dia. Jó respondeu então e disse: pereça o dia em que vim a nascer…” (Jó 3:1 3, Tradução do Novo Mundo, grifo acrescentado). A paráfrase feita pela Bíblia Viva de Jó 1:4,5, expressa esta idéia: “A cada ano, quando os filhos de Jó faziam aniversário, eles convidavam seus irmãos e irmãs para a celebra¬ção em suas casas. Nestas ocasiões, eles comiam e bebiam com grande alegria. Quando essas festas de aniversário terminaram…” (Tradução livre).
Até mesmo a tradução da Torre de Vigia revela que o nascimento de João Batista foi celebrado, quando registra sua anunciação feita por um anjo: “E terás alegria e grande regozijo, e muitos se alegrarão com o seu nascimento” (Luc. 1:14, Tradução do Novo Mundo).
Se o nascimento de João Batista foi uma ocasião de regozijo e se os filhos do fiel Jó celebravam seus aniversários, o fato de que Faraó e Herodes também celebraram seus aniversários não pode ser logicamente usado como base para proibir festas de aniversário entre aqueles que crêem na Bíblia hoje.

[O autor do vídeo, cujo link é http://www.youtube.com/watch?v=iX_xKA2Fc4I , relata que já leu todas as revistas A Sentinela, a partir de 1879, e conseguiu catalogar mais de trezentas mudanças de ensino. Isto é, o Corpo governante perdeu-se no emaranhado de proibições, doutrinas, regulamentos e datas, a exemplo das falsas profecias. Sobre a proibição de não comemorar aniversários, os argumentos da Sociedade é de uma grande fragilidade. Jeová diz na sua Palavra: “Quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa [alegrar-se nas datas de aniversário, por exemplo,], fazei tudo para a glória de Deus. Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus” (1 Co 10.31-32). A proibição para festejar aniversários só é encontrada nas publicações da Torre de Vigia. Jeová se agrada em vê seu povo alegre. Instituiu a Festa dos Pães Asmos, para comemorar a libertação do Egito (Êx 12.17; a Festa da Sega ou Festa das Semanas, e a Festa da Colheita (Êx 23.14-19); a Festa dos Tabernáculos (Lv 23.33-34) e outras registradas na Bíblia. A verdade é que tal proibição não tem fundamento bíblico. A proibição constitui mais um esforço para manter os submissos seguidores fortemente manietados, sob rígido controle disciplina. Os desobedientes são exemplarmente punidos com desassociação e desprezo].
02.01.2009

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http://br.youtube.com/watch?v=wiIGbvhE3iA






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