Os líderes das Testemunhas não fizeram, ainda, nenhuma profecia sobre o fim do mundo no ano de 2666. Portanto, este artigo não tem por objetivo apresentar qualquer contestação no particular. Minha atitude, agora, é de aconselhamento.
Por volta de 1889, a Sociedade Torre de Vigia iniciou uma série de profecias com relação ao fim do mundo, a derrocada dos outros grupos religiosos, de todos os sistemas, principalmente da “cristandade”, isto é, das igrejas cristãs. Só escapariam mesmo os “ungidos”, integrantes do único canal entre os homens e Jeová, isto é, a referida Sociedade. Os líderes sempre divulgaram suas profecias como acontecimentos inquestionáveis, sobre os quais tinham absoluta convicção.
As profecias nesse sentido tiveram o seguinte progresso: 1914, 1918, 1920, 1925 e 1975. A STV parou de profetizar sobre o fim do mundo há trinta e três anos. Não sei a causa desse silêncio. Pelo progresso das datas, como acima, era de se admitir, pelo menos, uma profecia para 2008, o ano que passou. Algo de muito grave deve ter acontecido em Brooklin, o centro nervoso da Organização.
O Corpo Governante nunca imaginou que o tempo passasse tão rápido, e tão rapidamente o mundo inteiro chegasse à inequívoca conclusão de que tudo não passou de falsas profecias. E de que a STV nunca foi canal de Jeová.
O exame das previsões nos conduz à conclusão de que o CG não foi esperto o bastante. Como é que depois da decepção de 1914 estabeleceu uma nova data tão próxima, a de 1918? 1920 e 1925 logo a seguir? Ingenuidade?
Mas, depois de 1925, o CG ficou mais atento. Os líderes pensaram, pensaram e resolveram acabar com o mundo em 1975. Teriam cinquenta anos para manipular esse evento, exortar seus seguidores, apagar o passado e expandir a mensagem jeovita. Acontece que esses 50 anos voaram rápido. Estamos em 2009. A cristandade não foi à bancarrota, os governos não foram destruídos, não ocorreu o Armagedom. E agora? Tenho a impressão que os seguidores anseiam por uma nova data. Desde 1914 eles esperam. Nas datas anunciadas, muitos arrumaram suas malas, se despediram desse mundo perverso, foram para algum lugar ermo, e em vão esperaram, esperaram a glorificação de todos de todos do salão do reino. E nada.
À vista disso, apresento ao CG minha modesta contribuição. Quem sabe os líderes estejam neste exato momento empenhados em decodificar hieróglifos egípcios, originários das pirâmides, à procura da data verdadeira? A minha sugestão é que estipulem o ano de 2666 como a última profecia para o fim do mundo. E repitam o mesmo refrão de antigamente:
“Também, no ano de 1918, quando Deus destruir as igrejas em escala total e os membros das igrejas aos milhões, será nesse dia que, qualquer um que escapar, se voltará para as obras do Pastor Russell para aprender o significado da derrocada do “Cristianismo” (Livro The Finished Mystery (O Mistério Consumado), publicado pela STV em 1917, página 485).
Com essa nova data, o Corpo terá mais de meio século de sossego. Mas pastor, como explicar? É fácil. O linguajar será o mesmo. Muitos seguidores já morreram. Os novos não conhecem o passado. Sugiro o seguinte texto a ser publicado em A Sentinela, edição especial, com o título “DE 2666 NÃO PASSARÁ”:
“Nossos leitores entenderam mal as profecias de antigamente. As datas apresentadas eram uma probabilidade, não uma certeza. O “canal” de Jeová nunca se enganou. Alguns pensavam que o fim estava próximo. Não estava. Agora, uma nova luz raiou dentro do canal, e entendemos claramente a mensagem de Jeová. O ano de 2666 marcará o fim de todas as coisas. O cristianismo apóstata será abatido. Teremos mais de um século para pregarmos a palavra de Jeová e trazermos muitos perdidos para nosso salão. Não é hora de desilusão. É hora de trabalho. Alguns poderão ficar desolados, indecisos e confusos. Ajudem-se mutuamente. Oito gerações passarão até que todas as coisas sejam findas. Podem contar. O Senhor Jesus já foi entronizado em 1914, de forma invisível. Mas ele espera pacientemente pelos acontecimentos de 2666. Lembrem-se de que 666 é o número da besta. Leiam:
“Aqui é que está a sabedoria. Quem tiver inteligência, calcule o número da fera, pois é número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis” (Revelação 13.18).
“Desprezamos de uma vez os cálculos com base nas pirâmides. Nosso entendimento é diretamente com Jeová. O ano de 2666 tem o seguinte significado. Dois mil anos simbolizam o tempo, até exagerado, que passamos para decifrar o mistério. É o tempo de Jeová. Vocês sabem que a Luz avança e recua. E 666 é o número da besta. Logo, em 2666 Jeová destruirá todos os que são contra este canal, todo o domínio do mal, e reinaremos para sempre no Paraíso Terrestre. Como João Batista,que preparou o caminho para a vinda de Jesus, temos agora a missão de preparar o caminho até o tempo da ira de Jeová, quando colocaremos nossos inimigos sob nossos pés. A cristandade já apresenta sinais de ruína. Em breve veremos os corpos apodrecidos de seus líderes e seguidores, aos milhões, em todas as cidades. Avante companheiros!”.
22.01.2009