A Tolerância Zero de Deus

Há uma linha divisória entre a longanimidade de Deus e a sua justiça; entre a sua paciência e a sua ação ajuizadora; entre o seu esperar e o seu agir. Pelos exemplos da Bíblia sabemos que a tolerância de Deus é igual a zero para quem ultrapassa a linha vermelha. Vemos isso no anúncio do dilúvio a Noé: “O fim de toda carne é vindo perante a minha face, porque a terra está cheia de violência. E eis que os desfarei com a terra” (Gn 6.13). Quando a balança de Deus indicou um peso intolerável e irreversível de iniquidades, entrou em ação a sua justiça. “Pesado foste na balança e foste achado em falta”. Com estas palavras Deus selou o destino de Belsazar, o rei que profanou os utensílios da Casa de Deus (Dn 5.1-4, 27). Registramos também os pecados do rei Azarias, também chamado Uzias, que, como castigo, ficou leproso até a morte (2 Cr 26.16-21; cf; 2 Rs 15.1).
A primeira reação de Deus, na Terra, ante a desobediência, ocorreu no jardim do Éden. O castigo imposto ao primeiro casal afetou toda a raça humana e teve efeito sobre a natureza. A morte fez parte desse pacote de medidas com vistas a nos fazer lembrar sempre das terríveis consequências do pecado: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm 5.12; cf. Gn 3.16-19). No céu, o castigo não foi menos severo, pois “Deus não poupou os anjos que pecaram, havendo-os lançado no inferno, entregues às cadeias de escuridão, e reservados para o Juízo” (2 Pe 2.4).
A intolerância de Deus se manifestou outra vez ao decidir pela destruição de Sodoma e Gomorra: “Porquanto o clamor de Sodoma e Gomorra se tem multiplicado, e porquanto o seu pecado se tem agravado muito…” (Gn 18.20).
A intolerância divina diante da desobediência se revelou também no deserto, em Cades, quando seu povo desconfiou do poder de Deus e julgou impossível vencer os “gigantes” que habitavam na terra prometida. A sentença veio sem meias palavras: “Até quando sofrerei esta má congregação, que murmura contra mim? Neste deserto cairão vossos cadáveres, como também todos os que de vós foram contados no recenseamento, de vinte e oito anos para cima, e que murmuravam contra mim… salvo Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num” (Nm 14.29-30). A Palavra foi fielmente cumprida.
“Seus filhos e suas filhas serão dados a outro povo… o Senhor te levará a ti e a teu rei a uma gente que não conheceste… (Dt 28.32,36; v. Isaías 6.11,12). “Eis que virão dias em que tudo quanto houver em tua casa… será levado para a Babilônia; não ficará coisa alguma, disse o Senhor” (Is 39.6). “E toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto, e estas nações servirão ao rei da Babilônia setenta anos” (Jr 25.11). Essas profecias foram cabalmente cumpridas. Por sua idolatria e corrupção moral, o povo de Deus foi levado cativo pelos assírios (722 a.C., 2 Rs 17.6); pelos babilônios (586 a.C., 2 Rs 25.21), pelos gregos, para Alexandria, no Egito, séc. III a.C., pelos romanos (70 d.C., Lucas 21.20-24). O exílio na Babilônia está bem expresso no livro de Daniel: “No ano terceiro do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Jerusalém e a sitiou” (Dn 1.1). A ruína moral da nação de Judá chegou no ponto em que não havia mais possibilidade de recuperação. A nação ultrapassou a linha vermelha a partir da qual ficou sujeita ao julgamento divino.
O cativeiro dos judeus é um exemplo de que Deus não tolera por tempo indefinido o estado pecaminoso do seu povo. Séculos antes, pela boca dos profetas, Deus os advertiu para a catástrofe iminente. Na descrição das dores por que passaria Jerusalém, Jeremias diz o seguinte: “Fá-los-ei comer as carnes de seus filhos e as carnes de suas filhas, e cada um comerá a carne do seu próximo, no cerco e na angústia em que os apertarão os inimigos e os que buscam tirar-lhes a vida” (Jr 19.9). Também Ezequiel: “Esta é Jerusalém… [que] se rebelou contra meus juízos… e não andou nos meus preceitos… executarei juízos no meio de ti… os pais comerão a seus filhos, os filhos comerão a seus pais, e espalharei todo o remanescente a todos os ventos” (Ez 5.5-10).
As profecias davam conta de que haveria atos de canibalismo em Jerusalém, tamanha seria a falta de alimentos. A fome seria de tal ordem que o povo comeria a sola dos sapatos, e as mulheres devorariam seus próprios filhos. Naquele tempo, ninguém deu muito crédito a essas advertências. O povo continuou deitando e rolando em seus “carnavais”, orgias e idolatrias. Deus cumpre a sua palavra.
O profeta Jeremias foi o único escritor conhecido do Antigo Testamento que testemunhou em primeira mão a tragédia que se abateu sobre Jerusalém, 586 a.C. Ele escreveu: “Mais felizes foram as vítimas da espada do que as vítimas da fome; porque estas se definham atingidas mortalmente pela falta do produto dos campos. As mãos das mulheres outrora compassivas cozeram seus próprios filhos; estes lhes serviram de alimento na destruição da filha do meu povo. Deu o Senhor cumprimento à sua indignação, derramou o ardor da sua ira. Não creram os reis da terra, nem todos os moradores do mundo, que entrasse o adversário e o inimigo pelas portas de Jerusalém” (Lm 4.9-12).
Passados cerca de 500 anos das lágrimas de Jeremias sobre Jerusalém e do cativeiro babilônico, Jesus também chorou sobre a cidade. Um choro que foi mais lamento, pranto, soluço e clamor de quem soube com bastante antecedência o que iria acontecer. Jesus profetizou: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te estreitarão de todas as bandas, e te derribarão, a ti e a teus filhos que dentro de ti estiverem, e não deixarão em ti pedra sobre pedra…” (Lc 13.34; 19.41-44). Esta predição foi cumprida quarenta anos mais tarde, quando Jerusalém foi destruída pelo exército romano e centenas de milhares de judeus foram mortos. Flávio Josefo (Josef ben Mattatias), escritor e historiador judeu, que viveu entre 37-100 d.C., contou com riqueza de detalhes o que presenciou. Como prova da predição de Jesus, de não ficar pedra sobre pedra, vejam o que ele escreveu:
“Depois que o exército romano, que jamais se cansaria de matar e de saquear, nada mais achou em que saciar o seu furor, Tito ordenou que a destruíssem, até os alicerces, com exceção de um pedaço do muro, que está do lado do Ocidente… Esta ordem foi tão exatamente cumprida que não ficou sinal algum, que mostrasse haver ali existido um centro tão populoso” (História dos Hebreus, obra completa, Flávio Josefo, LIvro Sétimo, CPAD – 5a. Edição/2001, pg 688).
Quanto à extrema falta de alimentos na Jerusalém, sitiada por 134 dias, Flávio relata:
“Enquanto tudo isso se passava, em redor do templo, a fome e a carestia faziam tal devastação na cidade que o número dos que ela destruía era impossível de se conhecer… Comiam até mesmo a sola dos sapatos, o couro dos escudos”.
Josefo conta também uma história espantosa, terrível e repugnante, que diz respeito ao cumprimento de Jeremias 19.9 e Ezequiel 5.10:
“Uma mulher chamada Maria, filha de Eleazar, muito rica, tinha vindo com algumas outras, à aldeia de Batechor, isto é, casa de hissope, refugiar-se em Jerusalém, e lá se viu cercada. Aqueles tiranos, cuja crueldade martirizava os habitantes, não se contentaram em lhe arrebatar tudo o que ela tinha levado de mais precioso, tomaram-lhe ainda por diversas vezes o que ela havia escondido para seu alimento. A dor de se ver tratada daquela maneira lançou-a em tal desespero, que, depois de ter feito mil imprecações contra eles, usou de palavras ofensivas, procurando irritá-los, a fim de que a matassem; mas nem um só daqueles tigres, por vingança de tantas injúrias ou por compaixão, lhe quis usar dessa graça… A fome que a devorava, e ainda mais, o fogo que a cólera tinha acendido no seu coração, inspiraram-lhe uma resolução que causa horror à mesma natureza. Ela arrancou o filho do próprio seio e disse-lhe: ´Criança infeliz, da qual nunca se poderá chorar assaz a desgraça de ter nascido durante esta guerra… Para que te haveria de conservar a vida? Para ser talvez escrava dos romanos? Depois de ter assim falado ela matou o filho, cozeu-o, comeu uma parte e escondeu a outra. Aqueles ímpios, que só viviam de rapina, entraram em seguida naquela casa; tendo sentido o cheiro daquela iguaria inominável, ameaçaram matá-la, se ela não lhes mostrasse o que tinha preparado para comer. Ela respondeu que ainda restava um pedaço da iguaria e mostrou-lhes restos do corpo do próprio filho. Ainda que tivessem um coração de bronze, tal espetáculo causou-lhes tanto horror, que eles pareciam fora de si. Ela, porém, na exaltação que lhe causava furor, disse-lhes com rosto convulsionado: ´Sim, é meu próprio filho, que vedes e fui eu mesma que o matei. Podeis comê-lo, também, pois eu já comi. Sois talvez menos corajosos que uma mulher e tendes mais compaixão do que uma mãe? Se vossa piedade não vos permite aceitar essa vítima, que eu vos ofereço, eu mesma acabarei de comê-lo. Aqueles homens que até, então, não haviam sabido o que era compaixão, retiraram-se trêmulos…” (Ibidem pg 675/6).
Em determinado momento da caminhada pelo deserto, o povo sentiu falta dos deuses do Egito e construiu um bezerro de ouro. Então, Deus falou a Moisés: “Tenho visto a este povo, e eis que é povo obstinado. Agora, pois, deixa-me, que o meu furor se acenda contra eles, e os consuma” (Êx 32.1-10). Embora Deus, em razão da intercessão de Moisés, tenha sustado a execução deste juízo, ficou patente a sua intolerância diante da desobediência.
Vimos exemplos de castigos coletivos alcançando populações inteiras. Mas são conhecidos os casos individuais em que homens e mulheres de corações endurecidos e desobedientes receberam a justa reprovação divina. Eles ultrapassaram a linha vermelha da tolerância zero de Deus. O rei Nabucodonosor, exaltando a si mesmo, disse: “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder, e para glória da minha majestade? Ainda estava a palavra na boca do rei, quando desceu uma voz do céu: A ti se diz, ó rei Nabucodonosor, passou de ti o reino. Serás tirado dentre os homens, e a tua morada será com os animais do campo; far-te-ão comer erva como os bois, e passar-se-ão sete tempos sobre ti, até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer. Na mesma hora se cumpriu a palavra sobre Nabucodonosor”, e ele passou a viver como os animais. Passado o tempo de castigo, ele, finalmente, resolveu louvar, exaltar e glorificar “o Rei do céu, porque todas as suas obras são verdade, e os seus caminhos justos, e pode humilhar aos que andam na soberba” (Dn 4.30-37).
Em nossos dias, muitas pessoas só glorificam a Deus depois de uma tormenta. Às vezes precisam comer o pão que o diabo amassou, sentir o peso do castigo divino, descer à olaria de Deus para aprenderem a se humilhar diante do Criador. A história do rei Davi, o ungido de Deus, registra um pecado terrível: cometeu adultério com uma mulher casada e depois armou uma cilada para tirar a vida do marido traído. Embora Davi tenha posteriormente demonstrado sincero arrependimento (v. Salmo 51), Deus não deixou por menos: “Por que desprezaste a palavra do Senhor, fazendo o mal diante de seus olhos? A Urias, o heteu, mataste à espada, e a sua mulher tomaste por sua mulher. Agora, portanto, a espada jamais se apartará da tua casa…” (2 Sm 11 – 12). A “espada” de Deus veio em forma de violência, conflito e homicídio. Morreu a criança nascida desse ato ilícito (12.14), houve homicídio entre seus filhos (13.28-29), Absalão rebelou-se contra o pai e foi executado (18.9-17), e outro filho, Adonias, foi também assassinado por ordem de Salomão (1 Rs 2.24-25).
O pecado de Davi nos leva a refletir sobre a promiscuidade sexual dos dias atuais. Quantos adultérios são praticados por dia só no Brasil? Quantas famílias vivem em intermináveis angústias, traumas, ódio, desespero, demandas judiciais só porque os cônjuges não souberam manter o leito conjugal sem mácula? Quantos filhos sofrendo por não mais receberem o carinho e a proteção de seus pais, porque o marido traidor partiu para mais uma aventura?
O ciumento, invejoso e rebelde rei Saul pagou um preço alto por sua desobediência. “Rebelião é como pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniqüidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei”. O Espírito de Deus se retirou de Saul, “e o assombrava um espírito mau, da parte do Senhor” (1 Sm 15.23; 16.14). A Bíblia registra o arrependimento de Saul (15.24,31). Todavia, num gesto de desespero, porque Deus não falava mais com ele, consultou uma feiticeira. A sua situação piorou. “Assim, morreu Saul por causa da sua transgressão com que transgrediu contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, a qual não havia guardado; e também porque buscou a adivinhadora para a consultar, e não buscou o Senhor, pelo que o matou e transferiu o reino a Davi, filho de Jessé” (1 Cr 10.13-14).
Mais reflexão se faz necessária. Um número muito grande de pessoas, dentre as quais muitas que se dizem cristãs, consulta os adivinhadores, sejam cartomantes, manipuladores de búzios ou canalizadores. Vimos que tal prática é considerada por Deus como rebeldia. Vejam:
“Não haja no teu meio quem faça passar pelo fogo o filho ou a filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos. O Senhor abomina todo aquele que faz essas coisas” (Dt 18.10-12).
“Fez seus filhos passarem pelo fogo no vale do filho de Hinon, praticou feitiçaria, adivinhações e bruxaria, e consultou médiuns e adivinhos, fez muito mal aos olhos do Senhor, provocando-o à ira” (2 Cr 33.6-7; v. 2 Rs 21.1-18).
O último versículo, acima, se refere a Manassés, décimo – quinto rei de Judá, onde reinou por cinqüenta e cinco anos. Por estes pecados, e por haver colocado “uma imagem escultura, o ídolo que tinha feito, na Casa de Deus” e “levantou altares a todo o exército dos céus” foi levado cativo para Babilônia. Manassés faz parte do rol dos que precisam primeiro passar pelo vale da tormenta para aprenderem a humilhar-se e a glorificar a Deus. A Bíblia diz em Gálatas 5.20-22 que não herdarão o Reino de Deus quem pratica a prostituição, a idolatria e a feitiçaria (v. Ap 21.8; 22.15).
“Quando vos disserem: consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes, não recorrerá um povo a seu Deus? A favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos?” (Is 8.19; v. 1 Sm 28.8 cf. 1 Cr 10.13).
“Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus” (1 Co 6.10; v. Ef 5.5; 1 Tm 1.9-10).
Está bem clara a advertência e será fielmente cumprida como cumpridas foram as anteriores, porque sem santificação ninguém verá o Senhor. Não podemos viver segundo a nossa vontade. Precisamos saber qual a vontade de Deus para nosso viver. Será terrível o fim para os que desejam que a Palavra de Deus se ajuste à sua situação pecaminosa. Nós é que devemos nos ajustar ao padrão da Palavra. Sei que tais advertências estão ficando cada vez mais raras em nossos púlpitos. Parece haver um conformismo diante da situação degradante do mundo, com o aumento do ocultismo, da feitiçaria, do culto a Satanás. O tempo reservado à Palavra tende a diminuir. Vale lembrar as palavras do apóstolo Paulo: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).
A verdade é que o mau não ficará sem castigo (Pv 11.21). “Eu repreendo e castigo a todos quanto amo” (Ap 3.19). Um dos ladrões crucificados no Gólgota, ao lado de Jesus, reconheceu a dura realidade da justiça divina: “Com justiça – disse ele – recebemos o castigo por nossa rebeldia” (Lc 23.41). Consideremos, pois, “a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas, para contigo, a benignidade de Deus, se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira, também tu serás cortado” (Rm 11.22). Por último, fiquemos com a advertência abaixo:
“A carne deseja o que é contrário ao Espírito, e o Espírito o que é contrário à carne… As obras da carne são conhecidas: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, pelejas, dissensões, facções, invejas, bebedices, orgias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos preveni, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus” (Gl 5.17-21). “Lembra-te de onde caíste. Arrepende-te, e pratica as primeiras obras. Se não te arrependeres, brevemente virei a ti, e removerei do seu lugar o teu candeeiro, se não te arrependeres” (Ap 2.5).
www.palavradaverdade.com
www.palavradaverdadeaudio.com
www.averdadevoslibertara.webnode.com/radio-verdade
https://www.facebook.com/airtonevangelista.dacosta
(18.08.2003)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *