Inicio citando o apóstolo, falando sobre a liberdade cristã: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam” (1 Co 10.23; 1 Co 6.12).
A vida cristã nos impõe limites. Em suma, é o que afirma o apóstolo Paulo. Trazemos de berço a nódoa do pecado, a natureza decaída herdada do primeiro casal, Adão e Eva, que se rebelou contra Deus. Somos o tempo todo tentados a atendermos ao clamor de nossas paixões carnais. O grito da carne é muito forte.
Se a mulher cristã, ou o homem, não der ouvidos à voz do Espírito, se deixarão dominar pela lascívia, uma das obras da carne (Gl 5.19). A lascívia se caracteriza pela falta de pudor. No caso, ausência de vergonha de mostrar o próprio corpo, total ou parcialmente.
O pudor se caracteriza pelo recato, pela vergonha de expor publicamente sua intimidade.
Qual o limite da nudez? O Espírito, que em nós reside, falará em nossa consciência e nos dirá como devemos nos vestir com decência. E dirá, principalmente no caso da mulher, como se apresentar de modo decoroso para não despertar nos homens desejos perniciosos, que poderão leva-los ao pecado de adultério (Mt 5.28).
A nudez da mulher deverá ser reservada para o seu marido, no trato conjugal, no aconchego da alcova. Permitir que todos vejam e conheçam suas intimidades é prática incompatível com a vida cristã de uma mulher e com seu desejo de crescer em santidade perante o Senhor, se há realmente esse desejo.