Pr. Timofei Diacov
Gostaria de, neste relato, expressar a minha gratidão aos amigos e irmãos em Cristo, pela solidariedade demonstrada por ocasião do falecimento de minha querida e saudosa companheira, ELZIRA FERNANDES DIACOV, que faleceu no dia 08 de agosto de 2002, na cidade de Lins, SP. Ela ficou internada dezoito dias na Santa Casa. Sofreu pneumonia e derrame cerebral. Gostaria também de dar alguns dados de sua vida. Amei-a durante 14 anos antes de me unir a ela… Nessa ocasião ela trabalhava no Banco de Londres, ganhando 13.000 cruzeiros, enquanto eu, no pastorado da Primeira Igreja Batista de Pelotas, RS, recebia 6.000. Ela renunciou a tudo para se unir a mim. Tinha uma linda voz e, por isso, em todos os casamentos ela era solicitada para cantar.
Na cidade de Penápolis, SP, era ela quem preparava e apresentava os programas de Natal. Fiz-lhe uma armação de madeira, em formato de árvore de Natal; e com as crianças vestidas de verde e golas brancas, velas nas mãos, com as luzes do templo apagadas, cantavam, formando uma árvore viva de Natal. Era uma coisa muito linda. Ela era muito criativa. Os seus programas eram muito apreciados. Vinham pessoas de outras cidades que, ouvindo os nossos programas radiofônicos diários, desejavam assistir. Durante os ensaios, ela levou muitos tombos, mas jamais desanimou. No meio dos programas de Natal, quando necessário, cantava. Não era por ter sido minha esposa que lhe faço estes elogios; mas, porque, neste sentido, era uma pessoa rara. Que o digam os irmãos da Igreja Batista de Penápolis e de outras igrejas.
Quanto eu tinha que viajar para atender uma outra igreja, muitas vezes ela me substituiu. E nas segundas-feiras era o dia do meu descanso. Era ela que fazia o programa para as crianças. Quem ouvisse esse programa, pensava que estavam com ela várias crianças e mais pessoas adultas. Mas era só ela, que imitava várias vozes. E nós, em casa, que éramos um de seus ouvintes, ficávamos a pensar: “Como é possível isso?” Estes fatos contados nesta meditação são fatos e demonstração de algumas das virtudes que o Senhor lhe dera. Mas, onde está a bem-aventurança da morte? Será que é necessário dizê-la? No livro de Apocalipse 14.13 está escrito: “Bem-aventurados os que desde agora morrem no Senhor; para que descansem de seus trabalhos; e as suas obras os sigam”.
Todos nós temos que morrer. Mas existe morte e morte. Há os que morrem no Senhor e os que morrem sem o Senhor. Por isso diz o Apóstolo Paulo em Fp 1.21: “Porque para mim o viver é Cristo; e o morrer é lucro”. Para que a morte seja lucro, é necessário que a vida seja Cristo. Uns conhecem a história de Cristo; outros, o Cristo da história. Na igreja todos conhecem uma pessoa; mas em casa quem melhor a conhece são aqueles que vivem com essa pessoa. Quem conhecia de fato a minha esposa era eu, que muito a amava. Vivemos uma vida feliz durante 42 anos. Nunca passou pela nossa mente a palavra “divórcio”. Lutas sempre houve. E onde isso não há? Obrigado, meu Deus, pela companheira que me deste!
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Pr. Timofei Diacov
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