Pr. Airton Evangelista da Costa
O versículo acima (Ez 18.20) tem sido muito usado em defesa da crença da mortalidade da alma. Nada mais incorreto. Vejamos.
“Morrer” (gr. thneskõ), nesse texto, é usado metaforicamente acerca da perda da vida espiritual, isto é, o afastamento de Deus não só nesta vida, mas também depois da morte.
“Não comerás da árvore da ciência do bem e do mal; no dia em que comeres, certamente morrerás” (Gn 2.17). Ao desobedecerem, a morte espiritual e física veio sobre Adão e Eva e seus descendentes. A espiritual foi experimentada de imediato, resultando em vergonha e tentativa de cobrir a nudez (Gn 3.7-14).
“A alma que pecar…” diz respeito à pessoa, ao indivíduo, considerando que cada um será julgado individualmente por suas obras (1 Pe 1.17; v. Ez 18.21). Não é bíblico afirmar que o homem, como alma vivente (Gn 2.7), é completamente extinto na morte, e negar a sobrevivência da alma ao separar-se do corpo. O Senhor Jesus afirmou com ênfase que o ladrão arrependido iria para o céu no mesmo dia da sua morte física: “Hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23.43). Logo, não houve completa extinção daquela “alma vivente”. E Estêvão disse antes de morrer: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito” (At 7.59).
4.9.2014